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MARVEL ACTION # 14

1 dezembro 2008


Autores: Justiceiro - Diário de Guerra - Matt Fraction (roteiro) e Mike Deodato (desenhos);

Cavaleiro da Lua - Charlie Huston (roteiro) e Mico Suayan (arte);

Demolidor - Ed Brubaker (roteiro), Michael Lark e Stefano Gaudiano (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Fevereiro de 2008

Sinopse: Justiceiro - Diário de Guerra - Vários vilões se reúnem em um bar para prestar as últimas homenagens ao Metalóide, recentemente assassinado pelo Justiceiro.

Cavaleiro da Lua - O novo inimigo do Cavaleiro da Lua se revela: Meia-Noite. Ele invade a casa de Spector ensandecido por ainda não ter sido caçado pelo herói. Então, exige que o Cavaleiro da Lua parta para ação, com direito a uniforme, helicóptero, ajudante e tudo mais.

Demolidor - Vanessa Fisk elaborou um complexo plano que levou a vida de Matt Murdock ao ponto em que está hoje. Agora, ela dá uma oportunidade para o advogado mudar a situação e voltar para algo mais próximo do que ele poderia chamar de vida normal. Isso, claro, desde que ele esteja disposto a pagar um preço.

Positivo/Negativo: É impressionante como Pantera Negra passou a atrapalhar o mix de Marvel Action. Isso fica bem claro neste mês, em que ele não aparece e, obviamente com a ajuda de duas histórias do Demolidor, a revista recupera sua posição como um dos melhores títulos da Marvel no Brasil atualmente.

Vale dizer que um dos critérios para avaliar a qualidade da revista é a adequação dela à sua proposta. Exemplo: ninguém diz que a história do Cavaleiro da Lua é genial. A aventura desta edição, como as anteriores, é pura ação, violência e pancadaria. Ou seja, entrega ao leitor o que ele espera de uma história do gênero.

Uma diferença que precisa ser destacada sobre esta edição de Cavaleiro da Lua é a ausência de David Finch, substituído por Mico Suayan, que, infelizmente, não é tão detalhista quando teu antecessor. No entanto, a perda não foi tão sentida porque o colorista Frank D'Armata garantiu a manutenção do visual.

Já em Justiceiro - Diário de Guerra, a mudança do visual foi drástica. Não que tenha sido ruim, pois o desenhista é o excelente brasileiro Mike Deodato. Mas, não tem como não estranhar a passagem de um traço todo sintético como o de Ariel Olivetti para a arte complexa e detalhada de Deodato.

Também se nota uma linha diferente no roteiro desta edição. Justiceiro - Diário de Guerra começou muito vinculado à Guerra Civil e, agora que o evento acabou, ainda é difícil dizer o rumo que o título seguirá.

Nos últimos anos, as aventuras do Justiceiro têm orbitado meio separadas do Universo Marvel, numa revista voltada ao público adulto. Agora, com o gancho da participação do personagem no mega-evento, estão tentando reinseri-lo entre os uniformizados da editora.

Ainda é difícil saber se essa interação vai funcionar, tanto que, nesta edição o Justiceiro pouco aparece. Com a história centrada na situação atual dos vilões no "pós-guerra" e com direito, inclusive, a uma participação especial do Homem-Aranha, a revista é interessante para se estabelecer um panorama geral dos bandidos, que ficaram muito no segundo plano quando os heróis passaram a lutar entre si.

Contudo, esse contexto parece tão distante do Justiceiro a que os leitores se acostumaram, que ele aparecer no final para explodir todo mundo chega a ser quase sem propósito.

Mas o melhor de Marvel Action é Demolidor. Impossível afirmar se esse era o final que Brian Bendis esperava para o enorme ciclo de histórias que renovou o personagem. No entanto, é inegável que Ed Brubaker soube prosseguir e concluir muito bem a trama.

Ele assumiu a série num momento crítico, com o herói na cadeia e toda a pinta de que a história ainda estava longe de acabar. Durante a fase escrita por Bendis, bateu-se muito na tecla dos ciclos de poder no crime organizado, com as quedas e ascensões de "reis do crime". Em particular, foram mostradas essas idas e vindas de Wilson Fisk, de uma forma ou de outra ligadas ao Demolidor.

Por isso, para a história, nada melhor que completar outro ciclo deixando os dois personagens em pé de igualdade, para recomeçarem suas vidas e, eventualmente, se destruírem de novo.

Com essa idéia, Brubaker mostra os últimos eventos na vida de Murdock como uma armação de Vanessa Fisk que estava mexendo as "peças no tabuleiro" para continuar contrapondo Wilson Fisk e o alter ego do Demolidor.

Falando assim, pode nem parecer interessante, mas lendo a história, entendendo as motivações e as emoções de cada personagem, é certo que este foi um final digníssimo para esta excelente fase que popularizou novamente o herói cego.

E, como todo grande final, na próxima edição tem um epílogo que deve amarrar as últimas pendências da trama.

Classificação:

4,0

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