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MARVEL ACTION # 17

1 dezembro 2008


Autores: Demolidor - Ed Brubaker (roteiro) e Michael Lark e Stefano Gaudiano (arte);

Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro) e Francis Portela (desenhos);

Justiceiro - Diário de Guerra - Matt Fraction (roteiro) e Ariel Olivetti (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Maio de 2008

Sinopse: Demolidor - Matt Murdock se propõe a encaminhar o caso de Lily para Dakota North enquanto continua investigando o que está acontecendo com o Melvin Potter. Mas, durante um jantar com sua esposa, Matt é atacado pelo Gladiador enfurecido.

Pantera Negra - Um inseto gigante da Zona Negativa invade o prédio do Quarteto Fantástico. Para evitar mais estragos, T'Challa usa seu sapo mágico para teleportar a criatura e o Quarteto para outro lugar. E todos vão parar num planeta Skrull prestes a ser invadido por super-heróis zumbis com o poder de Galactus.

Justiceiro - Diário de Guerra - Frank Castle e seu novo parceiro, Stuart Clarke, estão fugindo da S.H.I.E.L.D. Enquanto isso, o Monge do Ódio, usando um uniforme que lembra o do Capitão América, está promovendo massacres na fronteira contra imigrantes ilegais.

Positivo/Negativo: Como sempre, Demolidor abre bem a revista. É uma combinação ideal: um personagem carismático bem trabalhado por um longo período, um excelente artista mantendo uma identidade visual constante e um roteirista sempre equilibrando o suspense com a ação, no ritmo ágil que os quadrinhos pedem.

O leitor começa se ambientando com o problema da Lily, que causa até brigas nos bares aonde vai. Depois, descobre que um cara chamado Tucão, um coadjuvante relativamente irrelevante, parece ter subido na "cadeia alimentar" do crime. Há uma excelente luta entre o Demolidor e o Gladiador. E, finalmente, um grande suspense no final, com Matt Murdock em um carro de polícia podendo ser desmascarado a qualquer minuto e sua esposa do outro lado da cidade prestes a ser atacada pelo Gladiador.

É o tipo de história que inevitavelmente obriga o leitor a comprar a revista seguinte. Mais do que isso: deixa-o esperando ansiosamente a próxima edição, algo difícil nos quadrinhos atuais.

Pena que esse pique não continua em Pantera Negra, ou seria Quarteto Fantástico Extra? A HQ não é ruim, mas depois que o novo "Casal 20" da Marvel assumiu metade do Quarteto Fantástico, a revista do herói negro perdeu completamente o rumo.

O roteirista não decide se quer continuar contando as histórias do Pantera ou se está fazendo um teste para o Quarteto Fantástico. Então, faz 98% da trama tipicamente do Quarteto, algo que não combina com o casal Pantera e Tempestade, mas não abre mão de colocar duas páginas com parte da família real de Wakanda decidindo se dá ou não um golpe de Estado.

O pior é que, para uma aventura do Quarteto Fantástico, esta seria uma ótima a idéia. Tudo começa com uma invasão alienígena por uma das invenções do Reed. Depois, usando uma bugiganga sem muita precisão para mandar a criatura embora, todos acabam em outra dimensão, justamente no mundo dos Zumbis Marvel.

Pronto, eis um prato cheio para os fãs. Aliás, é isso que salva a HQ: esquecer o Pantera Negra e sua rainha e a ler como uma história do Quarteto.

O desenho de Francis Portela, apesar de não ser aterrorizador como o de Sean Phillips, artista da serie Zumbis Marvel, dá conta do recado, pois, nesse caso, o que predomina não são os zumbis e sim as situações "normais".

Fechando a revista, Justiceiro - Diário de Guerra. Como todo super-herói precisa de um ajudante, o Justiceiro nessa nova fase ganha a companhia de Stuart Clarke.

Antigamente, quando Frank Castle narrava suas histórias como textos em seu "Diário de Guerra" (aliás, a referência do título da revista), tinha um parceiro chamado Microchip, que lhe garantia todo o suporte tecnológico necessário.

Pelo que se vê nesta edição e pelo perfil de Clarke, ele é o novo Microchip, o sidekick do Justiceiro. É difícil saber até quando, pois Castle não confie plenamente em ninguém.

Além de mostrar os dois juntos fugindo da S.H.I.E.L.D., a edição ainda conta com o tal Monge do Ódio vestindo um uniforme que lembra muito o do Capitão América, algo que deixou Castle muito bravo.

Essa idéia construída por Matt Fraction, da admiração do Justiceiro pelo Capitão América, é no mínimo estranha. Verdade que, quando ele se alistou, ele poderia ter o Capitão como símbolo, mas, depois de tudo que passou, é algo que combina pouco.

O Justiceiro e o Capitão América são tão contrastantes, que não é algo tão simples, como o que foi dito em Guerra Civil: "Mesmo homem. Guerras diferentes".

De qualquer forma, Fraction construiu esse conceito e está no direito de usá-lo. Ainda assim, o Justiceiro ser fanboy do Capitão América é, no mínimo, estranho.

Classificação:

4,0

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