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MARVEL ACTION # 6

1 dezembro 2007


Título: MARVEL ACTION # 6 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Cavaleiro da Lua - Charles Huston (roteiro) e David Finch (desenhos);

Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro) e Scot Eaton (desenhos);

Justiceiro e Mercenário - Daniel Way (roteiro) e Steve Dillon (desenhos);

Demolidor - Ed Brubaker (roteiro), Michael Lark e Stefano Gaudino (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2007

Sinopse: Cavaleiro da Lua - Marc Spector precisa retomar as rédeas da sua vida, mas para isso terá de enfrentar seu deus, Konshu.

Pantera Negra - T'Challa pediu Tempestade em casamento, agora ela terá que decidir se aceita e se torna rainha de Wakanda.

Justiceiro e Mercenário - Depois do Justiceiro massacrar toda a Família Patrillo, o Mercenário prepara uma armadilha final para Castle.

Demolidor - Matt conseguiu fugir da prisão com ajuda do Justiceiro. Agora confrontará quem esteve se passando por Demolidor e vingar a morte de Foggy.

Positivo/Negativo: Tirando o Pantera Negra, que está em um momento mais romântico, o restante da revista faz jus ao termo Action no título do mix.

Cavaleiro da Lua, que tinha começado como uma série excelente e parecia que resgataria em grande estilo o personagem, acabou desandando bastante e caindo em um final confuso e sem graça. Mas, independentemente disso, não perde o ritmo de ação e, graças ao trabalho minucioso de David Finch na arte, todas as cenas de luta são impressionantes.

Vale notar como ele sabe trabalhar na medida certa os detalhes do desenho. Finch deixa as cenas de luta bem reais caprichando nos ferimentos e texturas na pele e nas roupas, mas ainda assim, consegue manter o desenho "legível", sem uma sobrecarga de informações que acaba perturbando os olhos.

Já o Pantera Negra, mesmo estando em um momento mais reflexivo, onde o herói aguarda a resposta de Ororo para o seu pedido, ainda tem espaço para manter o bom humor na revista. A primeira parte onde o tal Cavaleiro das Arábias vem brigar com o casal e eles o derrotam sem mesmo parar de discutir o relacionamento, é impagável.

Quem leu desde o começo o Justiceiro escrito por Garth Ennis, sabe que a série Justiceiro e Mercenário tenta imitar o estilo da revista mensal do personagem, no final, não passa disso, uma imitação.

Mas vale dizer que é uma imitação que até dá para enganar. O final com aquelas histórias de quem estava traindo quem é bem clichê e sem propósito, mas a ação em si é interessante.

Steve Dillon tem um desenho muito "duro", com os personagens sem movimento e rostos parecidos demais, mas é fato que ele funciona nesse estilo de história meio cínica, que mistura ação e os personagens querendo sacanear uns aos outros.

Para fechar, a revista traz o excelente Demolidor de Ed Brubaker. Sem dúvida, o roteirista conseguiu manter a qualidade que a revista teve na fase de Bendis e trabalhar, inclusive, em um panorama complicado, com o herói na cadeia.

Agora que o Demolidor está à solta de novo, o mistério que ficava era quem o estava imitando. Aqueles leitores que conhecem bem a Marvel já tiveram pistas o suficiente na edição passada, para sacar que era o Punho de Ferro vestindo a fantasia de Demônio. Mas ainda havia algumas explicações a serem dadas, como o porquê de ele fazer isso.

Apesar de toda a boa ação da história e de uma trama intrigante, o autor cai em um grande clichê ao não matar Foggy Nelson e colocá-lo em um programa de proteção à testemunha. Tudo bem que ele é um coadjuvante bacana e que sua morte não foi apoteótica o suficiente, mas esse recurso, num primeiro momento, parece bem fraco.

É esperar para aonde isso leva daqui para frente.

Classificação:

4,0

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