MARVEL ACTION # 7
Título: MARVEL ACTION # 7 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Union Jack - Christos N. Cage (roteiro) e Mike Perkins (desenhos);
Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro) e Scot Eaton (desenhos);
Dr. Estranho - Brian K. Vaughan (roteiro) e Marcos Martin (desenhos);
Demolidor - Ed Brubaker (roteiro), David Aja (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Union Jack - A IRDA (Idéias Radicais de Destruição Avançada) está prestes a fazer um grande ataque em Londres; e o MI5 precisa da ajuda de Union Jack e outros heróis para impedi-la.
Pantera Negra - O casamento de T'Challa e Tempestade causa uma grande repercussão quando os convites são distribuídos, mas, antes do evento principal, Pantera quer que Tempestade reencontre seus avós paternos.
Dr. Estranho - Wong leva o corpo baleado de Stephen para a Enfermeira Noturna salvá-lo e, enquanto o mago se recupera, eles contam para a Enfermeira o que aconteceu.
Demolidor - Foggy está sob custódia protegida do FBI, mas ele não consegue avisar nenhum de seus amigos e não tem tanta certeza se está realmente seguro.
Positivo/Negativo: Nesta edição estréiam dois títulos que, apesar de não serem tão bons como Demolidor e Pantera Negra, mantêm a qualidade do mix.
A nova minissérie do Dr. Estranho, de cara, chama a atenção pela arte. Marcos Martin tem um traço limpo, estilizado e eficiente. O visual é muito interessante, por fugir da linha detalhista e rebuscada que sempre predominou nas histórias do personagem.
Quanto à trama, Brian K. Vaughan já mostra a que veio na primeira edição. O título se destaca por mostrar um certo bom humor, que contrabalanceia a temática pesada que o autor escolheu. Difícil saber a que conclusão ele quer chegar, mas discutir o uso da magia do Dr. Estranho para resolver situações práticas como curar o câncer é um belo começo.
Union Jack não estreou tão bem, apesar de ter alguns conceitos bacanas. O problema é que o personagem é desconhecido. Mesmo tendo aparecido recentemente no título do Capitão América, pouco foi explicado sobre sua origem e sua proposta. Para piorar, a minissérie começa com a ação em andamento e não dá ao leitor muitas informações sobre o herói. Uma das poucas coisas que dá para sacar - e é interessante - é que se trata de um homem comum, sem superpoderes.
Pantera Negra continua com seu lado bem-humorado, principalmente agora que mostra como as pessoas reagem ao anúncio do casamento. O que ficou meio sem propósito foi o conceito de que a Tempestade precisa entrar em contato com a sua família. A personagem sempre foi órfã e isso a definia bem. Agora, do nada, no momento que ela menos necessita, aparecem parentes dos dois lados de sua árvore genealógica - pessoas bem peculiares e interessantes.
Esta edição mostra os avós paternos de Ororo. Os dois velhinhos cuidam de um neto e são se defendem com extrema naturalidade da Hidra, que tenta raptá-los. Ficou forçado demais, não só pelo fato de eles não terem se encontrado antes, mas pela necessidade de serem pessoas fantásticas que a recebem de braços abertos.
Ed Brubaker deu uma ótima virada em Demolidor. Parecia que Foggy estar em um programa de proteção à testemunha seria uma desculpa esfarrapada para manter o personagem vivo. Contudo, a edição fez toda essa idéia valer muito a pena.
Ele trabalha o papel Foggy na carreira do seu amigo e o seu ponto de vista sobre isso. É um ângulo do personagem que muita gente já usou de várias formas, mas que nunca foi cristalizada de forma definitiva.
Além disso, vale observar o sempre excelente trabalho de cores de Frank D'Armata. Ele não só mantém o padrão visual da revista, mesmo com a mudança de desenhista, como dá um toque diferente nas cenas realçando determinadas cores.
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