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MARVEL APRESENTA # 15 - WOLVERINE E JUSTICEIRO

1 dezembro 2005


Título: MARVEL APRESENTA # 15 - WOLVERINE E JUSTICEIRO (Panini
Comics
) - Revista bimestral

Autores: Peter Milligan (roteiro), Lee Weeks (desenhos) e Tom Palmer (arte-final).

Preço: R$ 7,50

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Dezembro de 2004

Sinopse: O Justiceiro está na cola de um bandidão chamado Napoleão. Pra escapar, o cara vai para um lugar chamado Rugal Mehunn, onde os bandidos ricos mais perseguidos do mundo se refugiam.

O Justiceiro vai atrás. Chegando lá, encontra Wolverine, que caça um vilão para levá-lo à cadeia. Então, começa um grande combate entre os habitantes de Rugal e os dois heróis mais violentos do Universo Marvel.

Positivo/Negativo: Antes de tudo, é preciso destacar cinco momentos desta edição:

1) Na página 18, Napoleão chega a Rugal Mehunn. Onde os bandidos ricos e poderosos se escondem. O lugar revela-se uma favela.

2) Na página 29, Justiceiro, o psicopata genocida, dá um chute na barriga de Wolverine, o mutante indestrutível com poder de cura e ossos de adamantium. Em seguida, tenta uma facada, impedida pelas garras do X-Men. Logan reage: "Quer pegar pesado, Frank?".

3) Na página 34, Wolverine entra em Rugal, a favela onde se escondem os maiores bandidos do mundo. Logo, uma moça o convida a beber num bar. Que fique claro: o boteco é freqüentado pelos piores facínoras do planeta. Ele aceita. Ela tenta marcar um encontro. Logan não diz nada. Justiceiro chega. Os dois cogitam se hospedar na pousada da cidadezinha habitada pelos criminosos.

4) Na página 69, uma flecha lançada por uma besta atravessa o crânio de adamantium de Wolverine.

5) Na página 70, o Justiceiro está com uma perna presa numa viga com uma arma apontada pra cabeça. É só o bandido atirar pra matá-lo. Mas o cara resolve libertar Castle, pra tornar tudo mais emocionante.

Chega?

Então, aí vai mais uma: os bandidos de Rupal idolatram a múmia de Hitler - que, como se vê na página 101, grita de dor quando é queimada.

Meu Deus... Tudo bem que Peter Milligan seja um escritor de altos (Skreemer, X-Táticos, algumas histórias do Batman e vários títulos do selo Vertigo) e baixos (algumas histórias do Morcego e vários títulos do selo Vertigo). Mas desta vez ele se supera. Dá dó ver um roteirista tão legal e com tanto potencial chegar a esse ponto lamentável de sua carreira.

Marvel Apresenta também sofre desse mal. Oscila da ótima Banner até essa aventura ridícula. Que, por sinal, não tem nada especial. Justiceiro e Wolverine tem se encontrado mais que duplas consagradas como Batman e Robin!

Talvez seja essa a explicação de Milligan para a overdose de diálogos contraposta à ação fraca: os dois genocidas estão tão próximos, que preferem ficar fofocando a encarar uma luta de verdade.

Mas nem tudo é ruim: o trabalho de edição da Panini, como sempre, é caprichado, com boa tradução e impressão bacana.

Classificação:

4,0

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