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MARVEL APRESENTA # 22 – X4

1 dezembro 2006


Título: MARVEL APRESENTA # 22 - X4 (Panini
Comics
) - Revista Bimestral
Autores: Akira Yoshida (roteiro) e Estúdios Dreamwave, de Pat Lee (arte).

Preço: R$ 9,50

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Março de 2005

Sinopse: Uma bem-sucedida missão exploratória a Marte se transforma em tragédia quando uma explosão destrói parcialmente a Estação Espacial Simulacra, em órbita da Terra.

Há sobreviventes, mas um complicador inesperado exigirá a ação conjunta de duas das maiores equipes do planeta para resgatá-los... os X-Men e o Quarteto Fantástico.

Positivo/Negativo: Esta edição de Marvel Apresenta se apóia mais na fama dos dois supergrupos envolvidos do que na qualidade do material.

A história não poderia seguir uma fórmula mais básica. Um grupo vai pedir ajuda para o outro, há uma briga inicial entre eles, depois trabalham juntos, encontram um inimigo poderoso e virtualmente indestrutível, mas os heróis vencem usando uma artimanha bem forçada.

Yoshida é um bom escritor, seus diálogos são legais e ele sabe dosar aventura e humor. Mas não ousa na estrutura narrativa. Assim como está fazendo na minissérie Ladrão de Almas na revista mensal de Wolverine, se prende a uma fórmula básica, testada diversas vezes por dezenas de autores, e não sai disso.

Funciona? Às vezes, sim. É possível fazer uma boa história usando esses esquemas básicos, mas você precisa ter uma grande qualidade em todos os elementos que compõem a trama. É imprescindível criar um diferencial interno, pois é claro que seu texto se torne extremamente previsível.

O final foi outro ponto decepcionante. Como todas as vezes em que os autores envolvem inimigos com níveis de poder inimagináveis e nenhuma fraqueza, a forma de derrotar esse vilão acaba sendo forçada.

Yoshida não conseguiu evitar isso. Sua solução foi projetar na mente da Ninhada a ilusão de que Galactus e a Fênix estavam na Terra.

Mas veja isso de duas formas: 1) a Ninhada, uma raça de conquistadores espaciais, deveria ter tecnologia suficiente para perceber que aquilo era uma ilusão; 2) se o poder de Emma é tão grande, porque não apenas inserir uma ordem na mente dos alienígenas dizendo para eles saírem e nunca mais voltarem?

O desenho da revista também não é dos melhores. Pat Lee pode ter seus fãs, sua arte funciona em cenas de ação, mas está longe de ser um dos grandes. Seu traço é sujo e fica confuso dependendo da arte-final que faz.

Além disso, dependendo da cena, Pat Lee distorce vários elementos e é adepto das musculaturas e tamanhos anatomicamente impossíveis, típicos do começo dos anos 90 e da linha Image. Observe, como exemplo, as garras de Wolverine: elas ficam cada vez mais longas e com uma abertura impossível fisicamente.

A revista ainda traz um preview da terceira parte de Guerra Secreta. A editora deve ter ficado preocupada com o grande intervalo de tempo entre esta edição e a anterior, que resolveu dar um destaque e refrescar a memória dos leitores.

 

Classificação:

4,0

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