MARVEL APRESENTA # 23 – QUARTETO FANTÁSTICO
Título: MARVEL APRESENTA # 23 - QUARTETO FANTÁSTICO (Panini
Comics) - Revista bimestral
Autores: Roberto Aguirre-Sacasa (roteiro) e Jim Muniz (desenhos).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Duas aventuras completas dos maiores aventureiros do Universo Marvel. Estranhos pesadelos compartilhados espalham uma onda de terror por Nova York, colocando o Quarteto Fantástico contra um antigo inimigo: o Homem-Psíquico.
Falando em velhos oponentes, o Mestre dos Bonecos está de volta e quer curar a cegueira de Alicia... a qualquer preço.
Positivo/Negativo: O título do Quarteto pelo selo Marvel Knigths oscila entre a excelência e a mesmice. A grande sacada da revista é o olhar diferente sobre os aspectos família e celebridade dos personagens. Eles são um símbolo para cidade. Heróis sem máscaras, que passam um exemplo não só de luta, mas como seres humanos.
E aí estão as situações que levantam a revista, como o humor dos problemas que o grupo tem lidar com uma ameaça à cidade sem todo o suporte tecnológico do edifício Baxter. Há o drama do Homem-Psíquico, que vem atacar o Quarteto por estar à beira da morte. Além da grande sacada: a justificativa de por que a vida financeira da equipe afundou tão bruscamente e por que eles estavam vivendo como pessoas normais.
A idéia de que tudo foi consentido por Reed Richards, que queria que a família tivesse uma vida comum, é genial. Explica tudo que pareceu um furo ou uma forçada de barra nas primeiras histórias. O diálogo de Sue com o marido no final do primeiro arco da edição é excelente.
Ao mesmo tempo em que Roberto Aguirre-Sacasa faz esse trabalho primoroso, sua linha principal de ação é fraca e sem graça. A forma como Sue vence o Homem-Psíquico é uma daquelas típicas soluções forçadas para derrotar um vilão sempre classificado como invencível e mega-ultra-poderoso. E a idéia de cada um ser forçado a viver seu pior pesadelo ou sonho não poderia ser mais clichê.
É nisso que o segundo arco da revista se perde. Com a situação financeira do Quarteto resolvida, a série deveria ter acabado. Infelizmente, os editores gostam de prolongar os títulos até eles pararem de vender pela falta de qualidade...
Então, a história seguinte volta para o esquema do vilão da semana, no caso o Mestre dos Bonecos. O roteirista até tenta dar um diferencial colocando o questionamento de Alícia sobre deixar ou não o pai dela matar Sue, mas não passa disso.
A arte de Jim Muniz é tradicional: bem executada, funcional em todos os sentidos e sem defeitos. Contudo, sem um estilo próprio. Um artista que você nunca olhará a revista e lembrar do nome dele.
Mas não dá para não elogiar a ultima cena da revista. No primeiro quadro, onde está apenas o Coisa sentado, o ângulo da cena está tombado para o lado dele e abaixo, quando Alicia se senta ao lado dele no banco, retoma o equilíbrio.
Cabe também uma crítica ao colorista Brian Reber, por não conseguir lembrar de que cor é o cabelo de Alicia, que oscila entre o loiro, castanho e moreno no decorrer da trama - a pior é a cena da página 66, em que, no primeiro quadro, é castanho escuro; e no segundo, ela deve ter recolocado a peruca e voltou a ser loira, como na página anterior.
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