MARVEL APRESENTA # 26 - OS DEFENSORES
Título: MARVEL APRESENTA # 26 - OS DEFENSORES (Panini
Comics) - Revista bimestral
Autores: Keith Giffen, J.M. Dematteis (roteiro) e Kevin Maguire (arte).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Outubro de 2006
Sinopse: Dormammu vai invadir novamente a Terra, mas, desta vez, terá a ajuda de sua irmã Umar. Para evitar isso, o Dr. Estranho convoca os Defensores, um grupo que vai contra tudo que se espera de trabalho em equipe.
Obviamente, os heróis não conseguem impedir que Dormammu concretize seus planos, tome o poder da entidade cósmica Eternidade e molde a realidade da forma que bem entende.
Assim, resta à equipe deixar suas desavenças de lado e formar uma aliança macabra com Umar para tentar remediar a situação.
Positivo/Negativo: Os três autores têm um bom histórico na DC, por terem sido responsáveis pela lendária fase humorística da Liga da Justiça. Eles pegaram um título com o principal grupo da editora, mas sem a maioria das grandes estrelas (que estavam sendo reformuladas) e, usando personagens do segundo escalão, mantiveram a revista em alta compensando com muitas piadas.
Essa fase foi tão marcante que, nos últimos anos, retornaram em alguns especiais (Já fomos a Liga da Justiça e Não acredito que não é a Liga da Justiça, publicado aqui em DC Especial # 10) retomando os personagens. Agora, os autores tentam fazer algo parecido na Marvel, resgatando um grupo sempre marcado por não funcionar como equipe.
Os Defensores originais eram quatro heróis - Namor, Dr. Estranho, Surfista Prateado e Hulk - detentores de um poder imenso. Assim, estariam aptos para deter desde ameaças cósmicas até questões místicas, como a desta edição.
Por isso, a proposta da revista tinha tudo para ser muito boa, mas não é.
Giffen e DeMatteis criaram um conceito narrativo com a intenção de construir uma história irônica não só internamente, mas no seu formato e estilo. O estilo falador e cheio de monólogos de personagens como o Dr. Estranho predomina tanto, que mesmo com personagens tão poderosos praticamente não há lutas.
Aliás, por falar em falta de ação, o Surfista Prateado, provavelmente o mais poderoso dos Defensores, fica de fora da história toda por estar buscando sua paz espiritual com um grupo de surfistas.
A revista ficou extremamente cansativa, arrastada, com uma leitura demorada e chata, que faz o leitor esquecer que a história tinha pretensão de ser engraçada.
Na verdade, o único conceito realmente funcional e divertido é a não participação do Surfista Prateado e os diálogos dele com os outros surfistas.
A revista tem um desenho legal, uma trama poderia funcional e bem sarcástica e algumas boas piadas, mas tudo isso ficou perdido no meio da quantidade interminável de texto.
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