MARVEL APRESENTA # 28 – GERAÇÃO M
Título: MARVEL APRESENTA # 28 - GERAÇÃO M (Panini
Comics) - Revista bimestral
Autores: Paul Jenkis (roteiro) e Ramon Bachs (desenho).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Fevereiro de 2007
Sinopse: Depois do Dia M, o mundo mudou para sempre. Os mutantes estavam em plena ascensão e agora beiram a extinção. Mas o que aconteceu com aqueles que foram "normalizados"? Eles poderão viver como humanos?
Para descobrir isso, a jornalista Sally Floyd terá que investigar a fundo a situação enquanto luta com seus próprios fantasmas pessoais e se vê perseguida por um assassino serial.
Positivo/Negativo: Depois da Dizimação, a maioria das revistas X passou a mostrar como ficou a situação dos poucos mutantes que sobraram e, eventualmente, tratou daqueles que foram transformados em humanos. Geração M vai na contramão dessa tendência e mostra a história de ex-mutantes.
De cara, o título é interessante por mostrar uma jornalista que não trabalha para o Clarim Diário, que às vezes parece ser o único jornal de Nova York no Universo Marvel. O segundo ponto a favor é a construção do drama pessoal da personagem. A história do passado de Sally só se descortina perto do fim, mas, quando isso acontece, valida todas as suas ações e personalidade.
Ainda há outros atrativos, como o contraponto de Sally com o deputado Sykes, a trama do assassino serial, que dá a linha geral da história, e uma participação especial dos X-Men.
Contudo, o centro mesmo da revista é mostrar de forma sensível o que aconteceu com cada mutante transformado em humano e como isso afetou sua vida. Claro que há personagens mais curiosos, como o Câmara, que mesmo com a mudança não teve seu peito restaurado, ou mesmo a Jubileu, que fez muito sucesso na década de 1990 com o desenho dos X-Men e hoje não aparece nas revistas.
Mas essas estão longe de ser as melhores histórias. As idéias peculiares de Paul Jenkis sobre como os mutantes que não se metiam a heróis ou vilões viviam e o que a perda dos poderes fez com a vida deles são muito boas.
A revista vale por esse olhar diferente sobre os mutantes. Fora isso, a trama do assassino serial é básica e a forma como ela se resolve é a mais comum possível.
Na arte, Ramon Bachs até tem bons momentos, mas apresenta falhas que dão a impressão que o desenho é feito por um iniciante. Ele não se mantém constante ao seu estilo e, volta e meia, faz um quadrinho com um traço bem básico, diferente de tudo que está na página.
Sobre a edição nacional, além dos problemas comuns da Marvel Apresenta, como histórias sem título, créditos e a não publicação das capas das edições americanas, a revista tem um problema que vem se alastrando e se agravando em muitos títulos da Panini: a falta de cuidado na revisão.
Não a revisão ortográfica e gramatical, que é básica, mas que, todos sabem, às vezes passa algo que não dificulta o entendimento do leitor entender, mas envergonha o editor e o tradutor. O problema da edição são erros que mudam o sentido da frase.
Por exemplo, na página 18 onde está: "assassino maluco mutante" deveria ser "assassino maluco de mutantes". Apesar de no inglês as duas expressões serem escritas da mesma maneira, no português o sentido é alterado.
Até aquele momento e uma boa parte para frente da história, se fala em assassino de mutantes, só mais adiante a polícia vai levantar a possibilidade de ser um mutante assassino de mutantes.
Fora isso, na página 72 o Deputado Sykes fala sobre Sally e a chama de Srta. Sykes. Como os dois não têm qualquer parentesco, o correto seria Srta. Floyd.
São erros básicos que, bem ou mal, dificultam a leitura da revista.
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