MARVEL APRESENTA # 30 - THUNDERBOLTS
Título: MARVEL APRESENTA # 30 - THUNDERBOLTS (Panini
Comics) - Revista bimestral
Autores: Fabian Nicieza (roteiro), Tom Grumett (desenho) e Dave Ross (desenhos da parte: Por que perguntar por quê?).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Junho de 2007
Sinopse: Os Thunderbolts estão tentando se recuperar sob a liderança de Soprano, mas Gennis-Vell (atualmente o Fóton) ainda está fora de si.
Logo, o grupo descobre que ele pode ser o responsável pelo fim do universo e que o Barão Zemo e alguns ex-Thunderbolts estão dispostos a matá-lo para salvar toda a existência.
Agora, os heróis terão a difícil escolha de matar o colega ou assistir ao fim de tudo.
Ainda: a volta do Esquadrão Sinistro e o Grão-Mestre.
Positivo/Negativo: Para quem não sabe, os Thunderbolts surgiram no meio de uma das piores fases da Marvel. Após Xavier ter enlouquecido por ter guardado em seu cérebro a mente de Magneto, ele criou o Massacre, um ser tão poderoso que, para salvar o universo, a maioria dos heróis não mutantes precisou se sacrificar.
Até aí, tudo bem, o problema é que a saga era apenas um prelúdio para uma tentativa da editora reformular seus heróis ou, pelo menos, reapresentar suas origens, o que aconteceu na péssima linha de revistas chamada Heróis Renascem.
Como não poderia deixar de ser, logo veio Heróis Retornam e tudo voltou ao normal. Nas, nesse meio tempo, a realidade oficial ficou sem seus principais defensores. Aproveitando esse vazio um grupo de vilões liderados por Zemo criou novas identidades e se apresentou como os heróis Thunderbolts.
O plano era adquirir a confiança do povo e depois traí-los. No entanto, alguns membros gostaram da idéia de ser heróis e, com o tempo, os T-Bolts viraram uma agremiação de vilões regenerados.
Depois de quase uma década de histórias, a equipe perdeu um pouco a graça e, atualmente, suas aventuras são cansativas, com roteiros complicados e desenhos medianos.
Esta edição de Marvel Apresenta foi um jeito que a editora arranjou para desafogar o mix de Universo Marvel e dar espaço aos dois grandes eventos do momento, Guerra Civil e Planeta Hulk, além de botar em dia o título dos Thunderbolts, que estava um pouco defasado em relação aos demais.
Dessa forma, não espere nada diferente de uma revista mediana. Aliás, nem aguarde um bom recorte cronológico com a edição abrigando um arco de histórias. Esta edição não tem nada de especial; é apenas uma extensão de Universo Marvel, com uma aventura começando na metade de um arco, terminando e começando outro que para pela metade.
A trama é "padrão" em T-Bolts: sempre alguém está mentindo e manipulando o grupo. Nesta edição é esclarecido que Soprano tem manipulado seus amigos há um bom tempo, seguindo instruções de Zemo. Mas isso não é contado de forma clara. O roteirista opta por uma trama entrecortada, com explicações em vaivém na tentativa de criar um suspense.
Para complicar mais a história, Zemo se apropriou das duas rochas que davam poderes à Rocha Lunar e descobriu todas as funções desses artefatos, podendo "dobrar" o tempo e espaço, criar portais, ver o futuro e tudo mais que for preciso. E mesmo com tudo isso, virou um personagem bem apático. Como parece que sabe que é insignificante no plano geral do universo, quer estar próximo das pessoas que realmente importam.
Encerrada a primeira trama com a divisão de Fóton em várias facetas da realidade, garantindo que ele "nunca" mais volte, os T-Bolts se mudam para o Castelo Dobrável de Zemo e passam a operar sob a liderança dele e Soprano.
Enquanto isso, o Grão-Mestre está usando o Esquadrão Sinistro, agora Poder Supremo, para acessar algumas fontes de energia e os Thunderbolts tentam descobrir o que o grupo está fazendo.
O arco é interrompido na metade e, provavelmente, retornará em algum momento em Universo Marvel. Contudo, de cara ele mostra que a revista continuará com a ladainha de sempre ter alguém manipulando alguém, controlado por outro que foi dominado mentalmente por uma ameaça alienígena...
O recurso já foi tão exaustivamente usado por Nicieza que perdeu o propósito. Aliás, é cada vez mais impressionante que a revista tenha três de personagens praticamente oniscientes (Zemo, Fóton e o Grão-Mestre) e, ainda assim, continua essa teia de traições e mentiras.
Para ter uma idéia, a última página da história faz um suspense mostrando Joystick como traidora do grupo e aliada do Grão-Mestre, que está escondendo isso inclusive do Poder Supremo que segue as suas ordens.
Além da história sem graça, o desenho é mediano. Traços que não são ruins, mas que não chamam a atenção, não tem nada de diferente.
Classificação: