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MARVEL APRESENTA # 32 - OS QUATRO DO FANTÁSTICO

1 dezembro 2007


Título: MARVEL APRESENTA # 32 - OS QUATRO DO FANTÁSTICO
(Panini Comics)
- Revista bimestral

Autores: Peter David (roteiro) e Pascal Alixe (desenhos).

Preço: R$ 8,00

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Outubro de 2007

Sinopse: De volta ao Universo de 1602, o leitor acompanha uma aventura dos Quatro do Fantástico, que precisam salvar Shakespeare, raptado por Otto Von Don.

O plano do conde é, com ajuda do Quarteto Terrível, viajar até uma cidade mítica onde poderão curar seu rosto e ele descobrirá grandes mistérios científicos.

Positivo/Negativo: Há algum tempo, a Marvel teve uma idéia interessante de deixar Neil Gaiman escrever uma história ambientando o universo da editora na Inglaterra de 1602.

O projeto deu muito certo e originou uma minissérie bem legal. Depois disso, aproveitando o sucesso, a "Casa das Idéias" resolveu fazer uma continuação, com outros artistas e agora enfocando na situação da América, que ainda estava sendo colonizada.

Não foi um grande fiasco, mas apresentou histórias de qualidade duvidosa. Agora, a Marvel insiste em transformar o ano de 1602 praticamente em uma franquia e contar uma história da versão do Quarteto Fantástico daquela época.

Por mais que os leitores, artistas, críticos e estudiosos se esforcem para mostrar os quadrinhos como arte, ou mesmo como um entretenimento inteligente, são histórias como esta que nos lembram que eles são, antes de tudo, um negócio. Obviamente, como qualquer boa empreitada, tem que dar lucro, mesmo que seja faturando em cima da boa idéia de um artista e espremendo-a até ficar irreconhecível.

A história não é totalmente chata. Mas a única graça é ver a versão de personagens como Namor e Quarteto Terrível e observar que, não importa a época, suas atitudes são as mesmas.

Aliás, aí está um complicador, já que eles são, essencialmente, os mesmos personagens, com as mesmas motivações, é obvio que esse Numenor se apaixonará por Sue e tentará tirá-la de Reed; é certo que Destino fará mil e uma armações para roubar todo o poder ao seu alcance, traindo a todos; entre outras situações previsíveis.

O desenho também não é grande coisa. Um traço tradicional, sujo, que não acrescenta nem atrapalha a história. Só ficou estranha a idéia de Sue ser toda invisível, com seu bebê aparecendo dentro do seu útero.

Merece nota, pelo menos, a pesquisa do autor e a utilização de vários textos de Shakespeare, além do trabalho do tradutor de localizar as citações nas peças do autor e marcar as referências.

Classificação:

4,0

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