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MARVEL APRESENTA # 35 – A ÚLTIMA HISTÓRIA DO PUNHO DE FERRO

1 dezembro 2008


Autores: Ed Brubaker, Matt Fraction (roteiro), David Aja (arte), Travel Foreman e Derek Fridolfs, John Severin, Russ Heath e Sal Buscema e Tom Palmer (arte dos flashbacks);

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Abril de 2008

Sinopse: Danny Rand, o Punho de Ferro, herdou uma empresa milionária que ele administra com a ajuda de Hogarth.

Quando sua empresa está prestes a fechar um contrato gigantesco com o governo da China, Danny paralisa a negociação por não concordar com a política do país em relação ao Tibet.

Contudo, ele descobrirá que não é só o governo chinês que está atrás de sua tecnologia, mas sim a organização terrorista conhecida como Hidra. Enquanto isso, o antecessor de Rand como Punho de Ferro volta ao país para mostrar que o herói tem um legado muito maior do que poderia imaginar.

Positivo/Negativo: Fazia algum tempo que Marvel Apresenta não tinha uma edição que realmente valesse à pena. Esta vale! Não é nada revolucionário nem um novo clássico, mas é uma boa leitura. Pode até parecer algo trivial, mas dentre tantos materiais ruins de super-heróis por aí, uma equipe criativa fazer um trabalho legal numa revista mensal (falando, claro, da versão norte-americano), com uma qualidade geralmente só encontrada em minisséries e especiais, é uma surpresa.

O personagem não é um dos mais famosos da Marvel. Teve sua boa fase na década de 1970, quando havia grande fascinação por artes marciais e ninjas. Na época, aproveitando a moda criada pelos filmes de Bruce Lee e todo a fascínio e mistério que envolveram a vida e a morte dele, a "Casa das idéias" lançou, com muito sucesso, o Mestre do Kung Fu e tentou emplacar também o Punho de Ferro.

Nos anos 80, o personagem segurou sua fama graças a uma parceria com Luke Cage, quando formaram a empresa Heróis de Aluguel. Mas daí para frente, ele e Cage praticamente desapareceram, fazendo apenas pequenas participações.

Recentemente, Bendis usou os títulos Demolidor, Alias e The Pulse para reformular Luke Cage e fazê-lo cair novamente no gosto do público - a ponto de ele estrelar a primeira formação dos Novos Vingadores.

Obviamente, com o retorno de Cage lembraram de seu parceiro de longa data e Brubaker aproveitou o momento para reinseri-lo no contexto da Marvel, também se valendo da revista Demolidor.

Inicialmente, Brubaker colocou Danny Rand atuando como Demolidor, enquanto Matt Murdock estava preso. A partir daí, ele passou a integrar a versão renegada pós-Guerra Civil dos Novos Vingadores.

Aliás, em Novos Vingadores é explicado como Danny Rand ainda está atuando como Punho de Ferro mesmo não sendo um herói registrado. Ele está protegido, pelo menos por ora, por uma estratégia elaborada por seus advogados e nega que é o Punho de Ferro atualmente em ação.

Todo esse contexto leva à série atual do herói, que começa bem ambiciosa, tentando retomar, ao mesmo tempo, vários aspectos do personagem. Ele é mostrado, claro, como artista marcial, mas também como empresário. Além disso, há algumas aparições de amigos tradicionais, como Luke Cage, Misty Knight e Colleen Wing, e o retorno de um antigo vilão.

E o fio condutor disso tudo é a história de diversas pessoas que já usaram o nome de Punho de Ferro, inclusive, um homem que ainda está na ativa e conheceu o pai de Danny.

É uma pena que a revista acabe justamente quando Danny Rand aceita seu destino e parte para a maior luta de sua vida. O leitor fica ansioso pela continuação, que a Panini ainda não definiu como ocorrerá. Fica a torcida para que seja logo, pois com tantas histórias ruins saindo mensalmente seria um "tiro no pé" demorar a dar seqüência a uma trama tão chamativa.

Aliás, boa parte do mérito da revista é da arte genial de David Aja. Ele cria um visual elaborado e se destaca nas cenas de luta que, além de muito bem coreografadas, receberam um interessante recurso de círculos destacando alguns movimentos, aumentando a sensação de impacto.

E é preciso também elogiar toda a equipe que assumiu os traços das versões anteriores do Punho de Ferro. A idéia de utilizar outros desenhistas para marcar a diferença entre os tempos da história tem sido bastante utilizada e funciona bem em casos como este, em que os convidados têm qualidade suficiente para não destoar do artista principal.

Classificação:

4,0

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