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MARVEL MAX # 28

1 dezembro 2006


Título: MARVEL MAX # 28 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Poder Supremo - J. Michael Straczynski (roteiro) e Gary Frank (desenhos);

Doutor Estranho - J. Michael Straczynski e Sara "Samm" Barnes (roteiro) e Brandon Peterson (desenhos);

Shanna - A Mulher-Demônio - Frank Cho (roteiro e arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2005

Sinopse: Agora que o mundo todo conhece a verdade sobre Hipérion, qual será a sua reação? E mais importante: qual será a reação de Mark?

Stephen continua perdido e o auxílio de Clea parece não ajudar muito. Talvez seu velho amigo Devon seja sua esperança.

Shanna e o Doutor lutam contra o tempo para levar o antídoto para o acampamento.

Positivo/Negativo: Straczynski continua com o freio de mão puxado e constrói uma história que promete muito mais do que entrega.

Considerando que este é o último número de Poder Supremo no selo MAX, esperava-se algo um pouco mais visceral. Mas também não é algo que vá decepcionar o leitor.

A única coisa que dá uma leve idéia do que esperar na nova revista do Esquadrão Supremo é a breve aparição de seis novos meta-humanos.

No entanto, o principal destaque é a metáfora política que o roteirista utiliza. No início, ela está presente no discurso do presidente George W. Bush, e no final na carta de Mark Milton.

Se no primeiro caso há uma escancarada analogia com as razões dadas para as invasões ao Afeganistão e ao Iraque, o segundo parece ser um desabafo do cidadão Straczynski, que apesar de discordar de seus governantes, ainda acredita em seu país.

Agora é esperar que o novo título mantenha a qualidade de seu antecessor, e que o roteirista faça as coisas acontecerem de verdade.

A minissérie do Dr. Estranho continua tão estranha para o personagem quanto para o leitor. Parece que quanto mais Clea teima em explicar o que está ocorrendo, mais bizarra fica a trama.

Ela não é exatamente ruim, mas apenas inofensiva. Quando você fechar a revista, provavelmente nem lembrará que a leu.

Um adendo: as páginas 42 e 43 na versão original americana são frente e verso de uma mesma. Com isso, sendo vista contra luz, mostrava a real natureza dos adversários Clea e Devon.

Já no Brasil, a Panini não respeitou isto, deixando as páginas lado a lado, fazendo com que esta sacada passasse batida.

Essa falha editorial foi primeiramente percebida pelo jornalista Roberto Sadovski em sua coluna Kapow, no site Herói.

Esta Marvel Max teve cerca de 24 páginas a mais, e para quê? Para que houvesse espaço para duas partes de Shanna, a Mulher-Demônio!

Claro que a capa com Poder Supremo "sugere" que a edição especial com 96 páginas focaria exatamente a melhor série do selo MAX. Ledo engano.

A minissérie chega a ser passável, mas assim como a do Dr. Estranho, não tem gosto algum. São desenhos razoavelmente bonitos à procura de um roteiro que nunca existiu. Ou seja, é uma busca infrutífera.

Uma coisa é certa, com minisséries como estas, e com a saída de Poder Supremo do mix (ao menos momentaneamente), as vendas da revista devem cair bastante em janeiro.

 

Classificação:

4,0

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