MARVEL MAX # 33
Título: MARVEL MAX # 33 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Hipérion - J. Michael Straczynski (roteiro), Dan Jurgens e Klaus Janson (arte);
Heróis sem Poderes - Matt Cherniss e Peter Johnson (roteiro) e Michael Gaydos (arte);
Falcão Noturno - Daniel Way (roteiro) e Steve Dillon (arte).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Perdida no fluxo temporal, a equipe formada pelo General Alexander encontra o Falcão Noturno da realidade em que estão. Ele irá relatar como Hipérion enganou a todos.
Enquanto Logan está cada vez mais próximo da verdade, Peter está confuso frente a um dilema moral, e Matt reencontra suas forças para prosseguir em sua perigosa empreitada.
O Falcão Noturno continua à procura de pistas, enquanto o Palhaço inicia sua nova investida.
Positivo/Negativo: Neste número de Hipérion, o leitor vê a história pelos olhos do Falcão Noturno de uma outra dimensão. Aparentemente nesta, Mark subjugou a todos, exceto a um pequeno foco de resistência.
De fato, pouquíssimo é mostrado além de outros genéricos da Liga da Justiça, como Águia Azul, Rouxinol e Arqueiro Negro.
Num universo tão contido e pouco explorado como o de Poder Supremo, parece um pouco cedo para essas "viagens" do roteirista. Como pouco foi apresentado, resta esperar que algo bom saia daí.
Já a arte de Dan Jurgens e Klaus Janson continua devendo. Parece ter sido feita às pressas, sem nenhum cuidado ou apuro.
A minissérie Heróis sem Poderes continua com tudo. Uma trama misteriosa que dá ênfase às principais características de cada protagonista.
Logan está obstinado em descobrir quem é, e em que diabos está metido. Peter precisa escolher entre deixar de lado seu grande amor ou contrariar seus próprios princípios e medos para salvá-la. E Matt vai lutar para tirar um homem inocente da cadeia, mesmo que isto custe sua vida.
O enredo como um todo é ótimo, mas as caracterizações dos três, acrescidas do Dr. Watts funcionando como um elo, é o melhor de tudo.
Por falar em Dr. Watts, vale mencionar uma divertida homenagem ao escritor Brian Michael Bendis na página 42, retratado como um de seus pacientes. Com direito até a menção sobre Jinx, um dos primeiros trabalhos do autor, que a escreveu e desenhou.
Outro detalhe divertido já ocorrera na página 33, em que é mostrado o edifício onde fica a Optometria Maleev. Óbvia referência ao artista Alex Maleev, que por sinal é parceiro de Bendis na revista mensal do Demolidor.
Para não chover no molhado e mais uma vez rasgar seda para Michael Gaydos, fica o destaque para a narrativa ágil de costume e para a seqüência final com a conversa telefônica entre Matt Murdock e Frank Castle.
Crédito também para o excepcional trabalho de Lee Loughridge nas cores.
Não dá para precisar se a arte de Steve Dillon chega a influenciar até no modo como se encara o roteiro, mas o fato é que a minissérie Falcão Noturno é bem legal. Com exceção do próprio Falcão e de Steven Binst, todos os personagens tem um ar cínico ou de completa idiotice.
O traço de Dillon influi bastante nisso, mas Daniel Way constrói bem a trama.
É recorrente notar aqui e ali um jeito meio Garth Ennis de ser em Way, mas antes disso ser um defeito, mostra-se uma qualidade. Ainda mais que se esta trama lembra algum trabalho do roteirista, seria levemente algo de Preacher e muito do seu primeiro ano à frente do Justiceiro (que saiu por aqui em Grandes Heróis Marvel Premium, da Editora Abril), ambos ótimos e feitos em dobradinha com Dillon.
Na página 59, penúltimo quadro, um minúsculo deslize: está escrito "um dia desse", quando o correto seria "um dia desses".
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