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MARVEL MAX # 4

21 maio 2004


Título: MARVEL MAX # 4 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Mestre do Kung Fu - Doug Moench (roteiro), Paul Gulacy (desenhos) e Jimmy Palmiotti (arte-final);

Alias - Brian Michael Bendis (roteiro) e Michael Gaydos (arte);

Cage - Brian Azzarello (roteiro) e Richard Corben (arte).

Preço: R$ 4,50

Número de Páginas: 72

Data de lançamento: Dezembro de 2004

Sinopse: Espírito Mortal - O desaparecimento em missão da agente Leiko Wu é o motivo que Shang Chi precisava para voltar à ação. Mas, depois de tanto tempo, será que ainda existe alguma coisa entre eles? Se houver, será pior para o marido da moça, também amigo do Mestre do Kung Fu.

Alias - Jessica descobre que seu último caso foi uma armação para prejudicar o Capitão América e, por tabela, o presidente. No entanto, antes de ela tirar satisfação com alguém é necessário uma dose cavalar de autopiedade. Só depois a ex-heroína começa a procurar o responsável por sua desgraça, mas um par de mãos enormes surge no meio do caminho.

Cage - O herói de aluguel continua seus esquemas para passar a perna nos chefões Lápide e Martelo, mas vai precisar quebrar alguns ovos antes de fazer a omelete. Ou melhor, talvez Cage é que precise ser quebrado para tomar vergonha na cara e aprender a ser menos mercenário.

Positivo/Negativo: O grande atrativo de uma revista como Marvel Max é a oportunidade de explorar o Universo Marvel, sem precisar conhecer uma cronologia de 40 anos. Também é uma boa chance para resgatar antigos heróis, como Luke Cage e o Mestre do Kung Fu, e adaptá-los para o século XXI.

O mix ainda é composto por Alias, uma série que mistura detetives, super-heróis e conspirações. Escrito pelo xodó dos quadrinhos, Brian Michael Bendis, o título causou polêmica nos Estados Unidos, quando algumas lojas se recusaram a vendê-lo por causa do forte conteúdo erótico. Dizem as más línguas que a própria editora fomentou o caso para fazer marketing, já que os estabelecimentos comerciais que ficaram chocados eram ligados à Igreja.

Verdade ou não, é preciso dizer que o selo Max possui uma política editorial um tanto enganosa. Ele é alardeado como sendo a Vertigo da Marvel, embora muitas histórias sejam tímidas e bem-comportadas, no máximo com alguma violência, poucos seios e um ou outro palavrão. Isto é, muito longe de causar o mesmo mal-estar de obras como Sandman, Preacher e Hellblazer.

Sobre este número, a Panini fez um bom trabalho de adaptação, conseguido publicar três personagens por R$4,50. Como sempre, uma seção de cartas para a manifestação dos leitores (extremamente necessária, já que virtualmente eles têm mais de 18 anos), além das capas originais de cada edição americana.

Pena que todo esse cuidado não consiga salvar o Mestre do Kung Fu, que jamais deixa de ser uma tentativa rasa de aproveitar a onda de Matrix. Curioso notar que apenas o visual dark, as roupas de couro e os óculos escuros são novidades. Por debaixo deles ainda existe uma trama típica dos filmes de espionagem e kung fu dos anos 70. Seria mais sincero manter o clássico modelito "Bruce Lee", sem camisa e com a faixa na cabeça.

Fica para Alias e Cage elevar o nível, coisa que Bendis e Azzarello conseguem fazer bem. Ambos estão trabalhando com temas atuais e relevantes, como a Internet ou a violência nos bairros negros de Nova York. Enquanto o primeiro lida com conspirações políticas e personagens problemáticos (Jessica Jones é o Charlie Brown da Marvel, sempre negativa), o segundo se mete no meio dos guetos, das gírias e dos manos. Uma combinação explosiva, no mínimo.

Classificação:

4,0

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