MARVEL MAX # 53
Autores: Wisdom - Paul Cornell (roteiro), Trevor Hairsine (desenhos e arte-final) e Paul Nery (arte-final);
Nova Onda - Warren Ellis (roteiro), Stuart Immonen (desenhos) e Wade Von Grawbadger (arte-final);
Tiros na Noite - J. Michael Straczynski (roteiro) e Tommy Lee Edwards (arte);
Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Goran Parlov (arte)
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2008
Sinopse: Conheça Peter Wisdom e a equipe que salvará a Inglaterra.
A Nova Onda resistirá ao poder do Homem-Fuleiro?
Nem a armadura do Homem de Ferro conseguirá proteger Steve Rogers da fúria esmeralda de Peter Parker.
O que pode ser mais perigoso do que uma Barracuda?
Positivo/Negativo: Este número traz a estréia de Wisdom, que apresenta o mutante homônimo, membro da agência secreta britânica MI-13. A trama resgata o Extramundo (Otherworld no original), que fora criado por Stan Lee e Jack Kirby no início dos anos 1960 (na época aparecia com o nome de Avalon), mas que ganhou mais notoriedade com o roteirista Chris Claremont, nos títulos Captain Britain (anos 70) e Excalibur (anos 80).
Mesmo utilizando um cenário que já rendeu um punhado de boas histórias à Marvel, Paul Cornell não convence neste primeiro momento. O que realmente falta é algo que a minissérie deveria ter aos montes: magia.
Há uma sacada interessante: a utilização de Clive Reston e Jack Tarr, o que insinua a possibilidade de se ver em breve o digníssimo Shang Chi, entre outros personagens da série Mestre do Kung Fu.
Na arte, Trevor Hairsine não é nenhum primor, mas faz toda a diferença o toque de classe que Paul Nery dá. Vale citar um erro de continuidade: nas páginas 4 e 8, o elmo de Oberon aparece com uma parte frontal, e na 21, sem ela. Vacilo dos editores americanos.
Nova Onda traz a conclusão da batalha contra os Novos Soberanos. A seqüência em que a equipe contempla a "mente omniestelar" do Homem-Fuleiro é o destaque desta edição de Marvel Max. Ela começa com Mônica Rambeau usando o indefectível uniforme verde e branco do Capitão Marvel original e termina com Elsa Bloodstone incorporando Hellboy.
Seja emulando Gene Colan ou Mike Mignola, Stuart Immonen demonstra estar muito à vontade, com um traço mutável e espetacular.
Tiros na Noite continua sofrível. Desta vez, o leitor é apresentado a um Reed Richards caolho. Afinal, todos sabem que para dirigir a S.H.I.E.L.D., um dos pré-requisitos é ser deficiente visual. Impressionante a "criatividade" de Straczynski.
Somente a arte de Edwards tem algo de bom a oferecer, principalmente na luta entre Homem de Ferro e Hulk.
Para terminar, a apresentação de Barracuda em Justiceiro. A história mostra o assassino - parte dele, na verdade - apenas no final, mas é o suficiente para criar muita expectativa para o que Ennis aprontará com o velho Frank desta vez.
Os desenhos de Goran Parlov não são tão ricos e realistas quanto os de Leandro Fernandez, mas não comprometem o texto, que é o fundamental aqui.
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