MARVEL MAX # 56
Autores: Hellstorm - O Filho de Satã - Alexander Irvine (roteiro), Russ Braun (desenhos) e Klaus Janson (arte-final);
Cavaleiro Fantasma - Garth Ennis (roteiro) e Clayton Crain (arte);
Wisdom - Paul Cornell (roteiro), Manuel Garcia (desenhos) e Mark Farmer (arte-final);
Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Goran Parlov (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2008
Sinopse: O Filho de Satã chega a New Orleans.
Em tempos de guerra civil, a vingança está a espreita.
Peter Wisdom na caça a Jack, o Estripador.
Após acabar com o Justiceiro, mais um trabalhinho para Barracuda.
Positivo/Negativo: Abrindo esta Marvel Max está o primeiro número da minissérie O Filho de Satã. Pouquíssima coisa é mostrada, mas de cara ela aparenta ser pouco cativante.
Para piorar, grande parte dos balões de pensamento do personagem principal estão borrados. As fontes estouradas dão um efeito similar a se ler algo com a vista embaçada ou mesmo aos fantasmas que aparecem quando um canal de televisão está mal sintonizado. E o mesmo ocorre na aventura do Justiceiro.
Na seqüência, outra estréia que não empolga: Cavaleiro Fantasma. Relevando-se o fato de que neste primeiro momento Garth Ennis prepara o terreno para o que está por vir, ainda assim é um conto pouco imaginativo.
Quanto à arte, é difícil definir o que Clayton Crain faz. Seus desenhos não são exatamente feios, tampouco bonitos. Com quadros muito escuros e confusos, sua arte passa batida, uma vez que o roteiro não mostra nada de muito interessante mesmo.
Algo que pode chamar a atenção do leitor mais atento é a repentina mudança na tradução de Ghost Rider. Em vez do usual Motoqueiro Fantasma, agora a Panini optou por Cavaleiro Fantasma e não deu sequer uma nota na revista sobre o porquê disso. Apesar de a segunda tradução ser mais literal, ambas podem ser consideradas corretas, já que são dois personagens distintos.
O
primeiro Ghost Rider foi criado por Ray Krank e Dick Ayers em 1949
e posteriormente revitalizado em 1967. Tratava-se de um homem do Velho
Oeste que utilizava uma roupa fantasmagórica e andava a cavalo. Depois
ele teve seu nome mudado para Night Rider e, mais tarde, para Phantom
Rider.
O outro personagem de mesma alcunha é mais conhecido do grande público
e anda numa motocicleta. Teve como encarnações Johnny Blaze e Daniel Ketch
e estrelou um longa-metragem em 2007, estrelado por Nicolas Cage. Vale
citar que o Cavaleiro aparece no filme.
Aparentemente, a mini é uma tentativa da Marvel de ligar os dois personagens, utilizando o "espírito da vingança" como elo.
Wisdom continua com uma trama absurdamente ruim. Parece uma imitação barata do título Excalibur, que teve bons momentos com Chris Claremont e Alan Davis no final dos anos 1980 e início dos 90.
Fora a qualidade pífia do roteiro, ainda há espaço para erros de continuidade como nas páginas 60 e 61. Alguém poderia explicar de onde Sinete tirou a arma de fogo? Só respostas engraçadinhas são capazes de explicar essa falha.
Para fechar e salvar a revista, mais uma aventura do Justiceiro de Ennis. Desta vez, a violência se resume a um ataque de tubarão (como se fosse pouca coisa), enquanto o bom humor é o ponto verdadeiramente essencial da história.
Sacadas como o modo como Frank Castle faz Barracuda pensar que ele está morto são boas, mas os trechos com o assassino cantando ou encontrando com Harry Ebbing são, de longe, os melhores.
Além da mancada gráfica dos quadros borrados, também há quatro erros na edição: na página 44 está escrito "está se referindo a vingança". Falta uma crase no "a". Na 49, a capa de Wisdom # 4 é creditada a Paul Cornell - o autor é Trevor Hairsine. Na 64, está escrito "já alguma coisa" quando o contexto sugere "há alguma coisa". E na seção de cartas, o editor Paulo França chama Daimon Hellstorm de Damon Hellstrom. O "Hellstrom" é válido, uma vez que ele já foi chamado assim no passado (mas não o é nesta minissérie), porém o primeiro nome sempre foi "Daimon".
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