Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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MARVEL MAX # 62

1 dezembro 2008


Autores: Zumbis Marvel - Uma noite alucinante - John Layman (roteiro), Fabiano Neves, Fernando Blanco e Sean Phillips (arte);

Barracuda - Garth Ennis (roteiro) e Goran Parlov (arte);

Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Leandro Fernandez (arte);

Zumbi - Mike Raicht (roteiro) e Kyle Hotz (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2008

Sinopse: Na Latvéria, Ash terá que contar com a hospitalidade do Dr. Destino para encontrar o Necronomicon.

Barracuda chega a Santa Morricone para matar Leopoldo Luna.

O Justiceiro e o General Zakharov se enfrentam no deserto.

Simon Garth descobre que as coisas sempre podem piorar.

Positivo/Negativo: A continuação de Zumbis Marvel - Uma noite alucinante dá sinais de cansaço apresentando uma trama que parece andar em círculos. Entretanto, há certos momentos que compensam a falta de inspiração. Boas piadas com o Dr. Destino, uma referência perdida ao seriado Battlestar Galáctica e algumas doses de estupidez de Ash.

A evolução fica por conta da arte, que conta com mais dois desenhistas. Um deles é Sean Phillips, da excelente primeira minissérie dos Zumbis Marvel.

A seguir, um impressionante número de Barracuda, em que não há sequer uma cena da violência. A exceção é o flashback da página 42, que de tão "light" nem conta.

Mas sangue é a única coisa que falta na chegada do assassino a Santa Morricone. De resto, estão presentes os diálogos ligeiros e cheios de palavrões do dia-a-dia, maquinações das mais variadas envolvendo os personagens e um bom punhado de cenas de sexo (ou que ao menos o evocam).

O roteiro não mostra muita coisa, mas a expectativa é que a mini fique cada vez mais doentia, violenta e divertida.

Vale menção a mancada do editor Axel Alonso, da Marvel, que deixou passar a capa em que Barracuda está com os dois olhos (ele perdeu o direito em uma briguinha com o Justiceiro). A arte dela também é de Goran Parlov.

Em Justiceiro, Castle e Zakharov se enfrentam no deserto. É uma aventura com muita ação, em que as armadilhas são preparadas e acionadas de lado a lado. Primeiro ao se estudarem e agora ao, finalmente, agirem, os antagonistas provam ter um modo parecido de pensar, ainda que suas motivações sejam bem distintas.

O Justiceiro de Ennis consegue ser sempre uma boa leitura. Mesmo quando não tem aquele algo mais (Barracuda?), mantém um roteiro bem construído e uma arte competente.

Para fechar a revista, a estréia de Zumbi. Tudo começa a dar errado quando homens assaltam a agência bancária onde Simon Garth trabalha. A partir daí, uma arma apontada pelos criminosos será um de seus menores problemas.

A HQ é uma tentativa de atualizar o personagem homônimo, que chegou a ter revista própria nos anos 1970.

O enredo não chega a surpreender, mas também não é ordinário como o que foi mostrado recentemente em Hellstorm - o filho de Satã, outra tentativa da editora para repaginar um personagem que teve título próprio na mesma década.

Primeiro com a inclusão de Barracuda e agora com Zumbi, Marvel Max mostra-se numa curva ascendente. Tomara que não pare por aí.

Classificação:

4,0

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