MARVEL MAX # 62
Autores: Zumbis Marvel - Uma noite alucinante - John Layman (roteiro), Fabiano Neves, Fernando Blanco e Sean Phillips (arte);
Barracuda - Garth Ennis (roteiro) e Goran Parlov (arte);
Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Leandro Fernandez (arte);
Zumbi - Mike Raicht (roteiro) e Kyle Hotz (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2008
Sinopse: Na Latvéria, Ash terá que contar com a hospitalidade do Dr. Destino para encontrar o Necronomicon.
Barracuda chega a Santa Morricone para matar Leopoldo Luna.
O Justiceiro e o General Zakharov se enfrentam no deserto.
Simon Garth descobre que as coisas sempre podem piorar.
Positivo/Negativo: A continuação de Zumbis Marvel - Uma noite alucinante dá sinais de cansaço apresentando uma trama que parece andar em círculos. Entretanto, há certos momentos que compensam a falta de inspiração. Boas piadas com o Dr. Destino, uma referência perdida ao seriado Battlestar Galáctica e algumas doses de estupidez de Ash.
A evolução fica por conta da arte, que conta com mais dois desenhistas. Um deles é Sean Phillips, da excelente primeira minissérie dos Zumbis Marvel.
A seguir, um impressionante número de Barracuda, em que não há sequer uma cena da violência. A exceção é o flashback da página 42, que de tão "light" nem conta.
Mas sangue é a única coisa que falta na chegada do assassino a Santa Morricone. De resto, estão presentes os diálogos ligeiros e cheios de palavrões do dia-a-dia, maquinações das mais variadas envolvendo os personagens e um bom punhado de cenas de sexo (ou que ao menos o evocam).
O roteiro não mostra muita coisa, mas a expectativa é que a mini fique cada vez mais doentia, violenta e divertida.
Vale menção a mancada do editor Axel Alonso, da Marvel, que deixou passar a capa em que Barracuda está com os dois olhos (ele perdeu o direito em uma briguinha com o Justiceiro). A arte dela também é de Goran Parlov.
Em Justiceiro, Castle e Zakharov se enfrentam no deserto. É uma aventura com muita ação, em que as armadilhas são preparadas e acionadas de lado a lado. Primeiro ao se estudarem e agora ao, finalmente, agirem, os antagonistas provam ter um modo parecido de pensar, ainda que suas motivações sejam bem distintas.
O Justiceiro de Ennis consegue ser sempre uma boa leitura. Mesmo quando não tem aquele algo mais (Barracuda?), mantém um roteiro bem construído e uma arte competente.
Para fechar a revista, a estréia de Zumbi. Tudo começa a dar errado quando homens assaltam a agência bancária onde Simon Garth trabalha. A partir daí, uma arma apontada pelos criminosos será um de seus menores problemas.
A HQ é uma tentativa de atualizar o personagem homônimo, que chegou a ter revista própria nos anos 1970.
O enredo não chega a surpreender, mas também não é ordinário como o que foi mostrado recentemente em Hellstorm - o filho de Satã, outra tentativa da editora para repaginar um personagem que teve título próprio na mesma década.
Primeiro com a inclusão de Barracuda e agora com Zumbi, Marvel Max mostra-se numa curva ascendente. Tomara que não pare por aí.
Classificação: