Título: MARVEL MILLENNIUM # 13 (Panini Comics) - Revista mensal

Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (argumentos), Mark Bagley (desenhos) e Art Thibert (arte-final);
X-Men - Mark Millar (argumentos), Adam Kubert (desenhos) e Danny Miki (arte-final);
Justiceiro & Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (argumentos) e Bill Sienkiewicz (arte);
Supremos - Mark Millar (argumentos), Bryan Hitch (desenhos) e Andrew Currie (arte-final).

Preço: R$ 7,50

Data de lançamento: Janeiro de 2003

Sinopse: Homem-Aranha - Dr. Octopus reúne a imprensa num dos laboratórios de Justin Hammer, e agora planeja executá-lo frente às câmeras, mas, se depender do herói aracnídeo, isso não vai acontecer. Como nada é fácil na vida de Peter Parker, Kraven acaba o encontrando. E ele quer briga!

X-Men - A equipe se divide em duas. Enquanto Jean Grey e Ciclope vão para a Rússia procurar Colossus, o restante do grupo finalmente encontra o filho de Charles Xavier. Mas ele não vai querer voltar para casa tão facilmente.

Justiceiro & Homem-Aranha - Frank Castle perdeu sua família, assassinada durante um passeio no parque. Para se vingar, Castle assume o nome de Justiceiro e passa a exterminar os bandidos que encontra. E é muito fácil encontrar malfeitores na penitenciária onde ele está preso.

Supremos - Capitão América é descongelado e volta à vida, mas sua aceitação à nova realidade não é tão simples. Depois de ter uma agressiva reação ao acordar, ele encontra o antigo amigo Bucky e a sua ex-namorada, ambos idosos e casados. Depois disso, a SHIELD faz uma grande festa com a presença de toda a imprensa para apresentar o antigo herói desaparecido.

Positivo/Negativo: Curioso notar como cada título do universo Ultimate Marvel segue uma linha, apesar de todas terem a mesma proposta de dar novos aspectos aos conhecidos heróis da editora. Homem-Aranha e Supremos continuam se destacando, mesmo sendo dois extremos dessa linha.

Homem-Aranha procura ser muito fiel ao original. Há mudanças, claro, mas a essência é a mesma. O humor está muito presente, tornando a leitura um bom entretenimento. Onde mais veríamos o herói abaixar as calças do Dr. Octopus numa luta?

Já Supremos é a série que mais sofreu modificações em relação ao original (Vingadores). O escritor Mark Millar parece não ter pressa, procurando fundamentar bem as histórias e os personagens em suas novas funções. O resultado vem sendo ótimo até aqui.

Para os mais atentos, vale a pena ver as aparições especiais de Clark Kent, Lois Lane e Jimmy Olsen (todos personagens da editora rival, a DC Comics), além da participação do presidente americano George W. Bush. Será que a cara e o jeito de alienado é proposital?

As duas outras tramas ficam no meio do caminho. X-Men começou bem, depois teve uma queda de ritmo e agora volta a se encontrar. Os personagens não são tão bem trabalhados quanto em Supremos (ambas as séries são escritas por Millar), mas também não deixam a desejar, como aconteceu por um bom tempo na cronologia regular da editora. O atual arco de histórias promete.

Já as histórias de Ultimate Marvel Team-Up (nas quais o Homem-Aranha contracena com outro herói da editora) é um caso à parte. A série já foi cancelada nos Estados Unidos, e a chance de ter uma longa duração já era pouca desde o anúncio, por um motivo simples: Brian Bendis acabou sendo encarregado de criar as versões Ultimate de todos os heróis da Marvel, o que, obviamente, é um risco muito grande.

Por melhor escritor que seja, é uma tarefa ingrata para qualquer um. Não há tempo para pensar, planejar e definir uma linha de criação. E isso acaba sendo refletido na maioria das tramas, apesar dessa em particular mostrar um aspecto interessante, mas que poderia ser mostrada sem problemas no Universo Marvel convencional: o Justiceiro preso em meio aos bandidos que tanto quer eliminar; e, claro, fazendo isso.

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