MARVEL MILLENNIUM ANUAL # 2
Título: MARVEL MILLENNIUM ANUAL # 2 (Panini
Comics) - Revista anual
Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Brooks (desenhos);
X-Men - Robert Kirkman (roteiro), Salvador Larroca (arte da primeira história) e Leinil Francis Yu (arte da segunda história);
Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Stuart Immonen (desenhos);
Os Supremos - Charlie Huston (roteiro) e Mike Deodato Jr. (desenhos);
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 152
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - Depois de ver o Aranha vencer um bandido, Foggy sugere que o herói o entregue na delegacia para ser apropriadamente preso.
Lá, o Homem-Aranha reencontra a Capitã DeWolfe, que pede para que ele lute com um novo criminoso, o Canguru. Mas há muito mais coisas acontecendo e Peter novamente se verá em um fogo cruzado entre o Demolidor, o Cavaleiro da Lua e o Justiceiro.
X-Men - Crystal acordou do coma e, por algum motivo, Noturno a seqüestrou. Agora, os X-Men terão que encontrar os dois.
Quarteto Fantástico - Depois que o Quarteto passou a ocupar todo o Edifício Baxter, os outros gênios foram levados para uma nova base chamada Creche. Quando os heróis vão visitá-los, descobrem que o Toupeira raptou todo o prédio com o intuito de levar os jovens para criar uma nova civilização subterrânea.
Os Supremos - Depois da invasão dos libertadores, o Capitão América está ajudando a reconstruir o país quando o Falcão aparece e propõe que eles investiguem um caso que pode levar Steve a reencontrar um velho inimigo, o cientista nazista Zola.
Positivo/Negativo: Os anuais, em geral, são edições especiais nas quais acontece algum grande evento. São revistas marcantes, com histórias especiais que, sejam muito boas ou ruins, se destacam por determinados acontecimentos.
Mas os anuais dos títulos da linha Ultimate, desta vez, fugiram da tradição. Esta edição parece mais uma revista mensal, apenas com mais páginas que o habitual. Três das histórias, inclusive, estão amarrando pontas soltas dos títulos regulares.
Assim, esta não é uma edição especial para qualquer um, e sim uma oportunidade para os fãs da revista terem mais de uma edição no mesmo mês.
Sobre as histórias, em Homem-Aranha Bendis repete a fórmula que vem usando há tempos: colocar diversas pessoas brigando e o Aranha perdido no meio tentando descobrir quem está errado, ao mesmo tempo em que luta para sobreviver.
É uma pena, pois esta poderia ser a nova versão de um grande clássico do Homem-Aranha, a morte da Capitã Jean DeWolfe, mas Bendis tirou todo o charme da trama. Há tantos elementos competindo por atenção, que a morte de DeWolfe é um acontecimento menor. A única cena de impacto foi mostrar na última página o Rei sozinho, triste por causa do assassinato.
O desenho de Mark Brooks é uma boa variação para a revista. Seu traço tem mais "cara" de histórias de conflitos adolescentes, o que acontece muito nas mensais da versão Millennium do Aranha, mas não nesta edição. Mesmo assim, ele se sai bem nas cenas de ação, principalmente com o Demolidor - o artista tentou adaptar alguns efeitos que Frank Miller costumava usar.
A HQ de X-Men é bem sem graça. Sob o pretexto de que os X-Men foram atacados, Noturno leva Crystal para um esconderijo, onde tenta fazer a moça se afeiçoar por ele. Além disso, o uso constante do sotaque do elfo deixa a leitura muito estranha.
Ao menos os desenhos de Salvador Larroca estão ótimos. Como sempre, ele se destaca mais quando tem o trabalho de um bom colorista completando a sua arte.
Já em Quarteto Fantástico, apesar da história legal, o ritmo é fraco. É uma pena que idéias interessantes, como mostrar os outros gênios do Edifício Baxter ou trazer de volta o Toupeira, se percam numa trama que não engrena.
Vale para ver novamente o desenho de Immonen no Quarteto Fantástico. Ele tem um traço estilizado, limpo e representativo. O visual que cria em suas páginas é agradável e, ao mesmo tempo, dá o impacto necessário na narrativa visual.
A revista fecha com uma história do Capitão América e o Falcão, logo após os eventos mostrados no final do segundo volume de Os Supremos. Apesar da discussão inicial de um programa de rádio sobre o evento, logo a revista muda de tom e mostra o Capitão atrás de um inimigo que ele acreditava já ter matado durante a Guerra.
Na verdade, ele descobre que o governo norte-americano manteve a mente do cientista Zola "viva" para desenvolver armas e agora o vilão foi libertado com ajuda de um fanático neonazista. É uma aventura legal que se destaca mais pelo Capitão América e pela sua visão de mundo.
Quanto ao desenho de Deodato, o miolo está muito melhor do que a capa, na qual parece que o Capitão tem um ombro bem desproporcional. No interior da revista, ele mostra uma arte bem realista e cheia de detalhes, marcas registradas do seu trabalho.
A edição nacional, além de uma escolha meio estranha de capa, peca por alguns erros no texto, como esta frase: "E já não te disse pra não usar branco no uniforme é roubada?". Parece ter faltado um "que" após uniforme. Além de "...outro que almeje pode que apenas eu..." - faltou um "r" em poder.
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