Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 48 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Brian K. Vaughan (roteiro) e Andy Kubert (desenhos);

Quarteto Fantástico - Warren Ellis(roteiro) e Adam Kubert (desenhos);

Os Supremos - Mark Millar (roteiro) e Bryan Hitch (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2005

Sinopse: Homem-Aranha - Peter e Mary Jane finalmente saem para o seu "jantar estiloso", mas as coisas vão ficar muito esquisitas graças a um certo Dr. Estranho.

X-Men - O acerto de contas entre Wolverine e Gambit e o destino de Vampira.

Quarteto Fantástico - Reed Richards decide que é hora de explorar novas fronteiras e desbravar a... Zona Negativa.

Os Supremos - Veja como o julgamento de Bruce Banner afeta o cotidiano dos super-heróis mais populares do planeta.

Positivo/Negativo: Homem-Aranha teve outra boa história. Apesar de ser um pouco carregada de texto, continua firmando a idéia do personagem como um herói instintivo, alguém que usa seus poderes por uma obrigação moral, diferente dos outros superseres em suas encarnações Ultimate.

A nova versão do Dr. Estranho também está muito boa. A idéia de dividi-lo em dois personagens, pai e filho, e do atual Dr. Estranho ser um mago pop, atendendo as celebridades americanas ficou interessante.

O que, de novo, prejudicou a revista foi Mark Bagley. É até constrangedor falar mal dele, pois desde o começo fez um trabalho digno de elogios, mas ultimamente sua arte está descuidada, sem preocupação com proporções e detalhes. Na página 7, desenhou o Aranha mais encorpado, como sua versão clássica, e não o garoto magricela do visual Ultimate. Na seguinte, no último quadro, as pernas do herói esticam e ficam do comprimento da página. Na seqüência, o Amigão da Vizinhança volta ao normal, mais baixo e magro.

Para não desmerecer totalmente a arte, na página 16 a imagem e as cores do Dr. Estranho ficaram ótimas. Um detalhe interessante é que, na ultima página, em que a tia May aparece abraçada ao Duende Verde, ela está usando um vestido igual ao que Mary Jane vestiu no casamento com Peter na versão original dos personagens.

A tensão entre os heróis e as cenas de ação são o que garantem X-Men, além do desenho, claro. Não espere uma história revolucionária, mas dá para se divertir. A única coisa que ficou sem graça foi a ultima página, com cada um olhando para um lado, na chuva. Não poderia haver final mais clichê do que este.

Quarteto Fantástico traz uma daquelas histórias que só prepara o caminho para o mês seguinte. Nada de importante acontece. Ellis aproveitou para mostrar um pouco do cotidiano dos integrantes, explicar a fisiologia do Tocha Humana e justificar a viagem do grupo para a Zona Negativa. Vale mais pelos desenhos do que pela trama.

Millar, como sempre, faz um belo trabalho. Este mês, continua dando um panorama dos membros de Os Supremos. São vários pequenos detalhes, mas todos bem colocados. Ele inseriu alguns coadjuvantes do Homem de Ferro, principalmente com uma impagável versão do Jarvis. Mostrou Wanda e Pietro insinuando uma possível relação incestuosa. Um bar com um grupo de seguidores de Thor. Além de usar como fio condutor o iminente julgamento de Banner e sua possível pena de morte.

Tudo isso feito com a arte detalhista de Hitch. A página 85, com o centro de Manhattan à noite, está maravilhosa.

 

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