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MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 49

1 dezembro 2006


Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 49 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Brian K. Vaughan (roteiro) e Stuart Immonen (desenhos);

Quarteto Fantástico - Warren Ellis(roteiro) e Adam Kubert (desenhos);

Os Supremos - Mark Millar (roteiro) e Bryan Hitch (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2005

Sinopse: Homem-Aranha - Capturado numa dimensão de pesadelos, Peter Parker revive os piores momentos de sua vida, e somente o Dr. Estranho poderá resgatá-lo.

Os X-Men vão a Krakoa investigar o assassinato de mutantes em um bizarro reality show orquestrado por Mojo.

O Quarteto Fantástico se prepara para a sua viagem para a Zona Negativa.

Os Supremos - O julgamento de Bruce Banner.

Positivo/Negativo: A conclusão da história do Dr. Estranho em Homem-Aranha foi boa. Não que Peter já não fosse mentalmente perturbado o suficiente e precisasse ter aquele pesadelo com a Mary Jane vestida de Elektra, querendo matá-lo. Mas a história reforçou este que é o grande trauma do herói na cronologia oficial e agora nessa: o pensamento de que todos que ama morrem por sua causa, exceto a tia May, claro. Mas a velhinha é uma anomalia em qualquer versão.

A caracterização do Dr. Estranho não foi das melhores, mas funcionou. A idéia talvez até pegasse, se bem trabalhada em uma série própria.

Os desenhos de Mark Bagley estão melhores, principalmente nos sonhos. Aliás, para quem não notou, entre os vários personagens que apareceram nos pesadelos vê-se ao fundo da página 7 o Homem-Coisa.

Brian K. Vaughan está misturando diversas histórias clássicas dos X-Men e tentando tirar um caldo delas. A presença de Krakoa, a ilha viva, e a divisão da equipe em duas, lembrará aos fãs dos mutantes uma da histórias mais importantes do grupo, produzida por Len Wein e Dave Cockrum, que introduziu personagens como Wolverine, que hoje aparece em praticamente todos os títulos da Marvel, Tempestade, Colossus, Noturno, Solaris, Pássaro Trovejante e Banshee, que também conquistaram um público fiel.

Até o momento, o mais interessante é observar como os personagens foram adaptados para o universo Ultimate. Mojo, que originalmente era de outra dimensão, parece que se encaixou bem na versão mundo-cão da Marvel e, considerando os programas de TV de hoje, é quase possível acreditar que alguém como ele existiria.

Stuart Immonen não parece muito à vontade desenhando os mutantes. Seu traço está solto e com um movimento legal, mas os personagens não estão bem representados. Além disso, os editores gringos deixaram passar um erro, na página 47: o Anjo foi desenhando sem as asas.

Quarteto Fantástico está bem sem graça. Uma história que não acontece nada e poderia ter sido resumida e feita por Warren Ellis em uma edição apenas, junto com a do mês passado.

O que salva são os desenhos de Adam Kubert, principalmente seu trabalho com o Coisa. Apesar de o personagem ter perdido muito do seu carisma nessa nova versão e virado apenas o amigo que estava no lugar errado, o desenhista tem conseguido dar emoção à face rochosa do herói. A capa da edição, que infelizmente ficou reduzida na galeria junto com a seção de cartas, é muito bonita.

Millar é fantástico e seus Supremos merecem sua fama. Se você não leu a revista ainda, pare de ler a resenha agora, porque ela vai estragar a surpresa. E esta revista vale só por esta história. Aliás, a nota 4 deve 3 pontos para esta HQ.

Quando você começa a ler o Julgamento do Incrível Hulk, é fácil lembrar do filme homônimo com Lou Ferrigno, sempre reprisado no SBT. A idéia se reforça quando, como no longa, o advogado de defesa é Matt Murdock, Mas as coincidências param por aí.

Millar escreveu uma história tensa, triste e surpreendente. Ele a conduz de forma que o leitor também acredita em Fury quando ele dá a notícia de que Banner foi absolvido. A execução do Hulk, o funeral e o discurso lido pelo Capitão América são montados com um ritmo excelente.

Agora, o grande trunfo da edição é o seu final e como ele fecha o personagem em sua versão Ultimate com chave de ouro. Millar deixou pronto para qualquer outro roteirista iniciar a partir dali uma série solo do Hulk, ou mesmo permitir que o leitor comece a ler a revista do universo tradicional do herói.

Ele resgata o Banner fugitivo e solitário, os elementos que mais o marcaram nos quadrinhos e garantiram o relativo sucesso da sua série de televisão. Tudo isso feito com o traço detalhista de Hitch, que é um show à parte. Valeu a pena esperar essa nova fase dos Supremos

 

Classificação:

4,0

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