MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 50
Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 50 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);
X-Men - Brian K. Vaughan (roteiro) e Stuart Immonen (desenhos);
Quarteto Fantástico - Warren Ellis(roteiro) e Adam Kubert (desenhos);
Os Supremos - Mark Millar (roteiro) e Bryan Hitch (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Fevereiro de 2006
Sinopse: Homem-Aranha - da última vez que viu Peter Parker, Harry Osborn jurou matá-lo. Agora, ele está de volta à escola...
X-Men - Colossus, Noturno, Anjo e Cristal vão a Krakoa para salvar Longshot.
Quarteto Fantástico - Na Zona-N, o Quarteto Fantástico faz contato com uma civilização alienígena.
Os Supremos - O estilo de vida dos heróis superstars e a revelação da origem de Thor.
Positivo/Negativo: O novo arco de Homem-Aranha começou um pouco estranho. Parece ser uma enrolação, tanto do roteirista quando do desenhista, revendo os primeiros momentos da carreira do jovem herói, e depois traz uma informação que pega todos de surpresa: um possível namoro entre Harry Osborn e Mary Jane.
Quem acompanha o Homem-Aranha de Straczynski fica meio com o pé atrás quando algo desse gênero é inserido retroativamente, principalmente porque mexe com o romance de Peter e Mary Jane, um elemento que parecia ser bem sólido na versão Ultimate. Contudo, mais adiante o leitor consegue enxergar a intenção do autor com essa trama: construir a nova personalidade de Harry.
Ele volta depois de um grande estresse, uma situação traumática em que jurou matar o Homem-Aranha e os Supremos e soma a isso a idéia, na mente dele, de que Peter roubou sua namorada.
Bendis não fez muita questão de criar um grande mistério e extenuantes histórias de amnésia revelando logo no fim da edição que Harry sabe o segredo de Peter e que quer vingança. Resta saber como. Tendo em vista que o arco chama-se Duende Macabro, ou ele contratará um mercenário para atormentar o Aranha ou fará justiça com as próprias mãos.
No campo da arte tudo continua bem, apesar de um defeito que cada vez fica mais evidente no desenho de Bagley. A alta velocidade do seu trabalho tem causado uma "preguiça" com detalhes. Ele acaba usando cenas em que não precisa detalhar o cenário e, sempre que pode, evita fazer as teias no uniforme do personagem.
Parece que Brian K. Vaughan decidiu transportar para a versão Ultimate tudo da oficial que ainda não foi usado. Depois de misturar Mojo e Longshot com Krakoa, a Ilha viva, que, aliás, é vizinha a Genosha, e dividir os mutantes em duas equipes, semelhante aos tempos das equipes Azul e Dourada; agora trouxe Arcade e Espiral.
Todos esses elementos sempre foram marcantes na versão tradicional e, com certeza, garantiriam vários bons arcos atualizados. A opção de queimar todo esse material em uma tacada só certamente é um risco, ainda mais considerando que a história nem está tão boa.
Immonen está aos poucos se encontrando na revista e melhorando o trabalho com os personagens clássicos. As versões que tinha criado, principalmente o Mojo, já estavam ótimas, só faltava definir como iria desenhar os mutantes que aparecem há algum tempo. Fora isso, sua arte tem uma agilidade e movimento que encanta e faz o leitor relevar alguns desacertos.
Quarteto Fantástico teve outra história sem graça, que só se salva pela arte de Adam Kubert. Uma história cheia de uma conversa científica, na qual uma nave fica à deriva em um universo vazio, é difícil de ser muito empolgante. Contudo, a próxima edição com o contato imediato com os nativos da Zona-N promete ser interessante.
Millar carregou a mão na ironia, no humor negro e nas críticas à mídia e à política na edição de Supremos. Fora essas situações peculiares da intimidade nada secreta dos heróis, que por si só já valem a revista, a trama da linha de ação promete muito.
Com um novo grupo de superseres europeus e a revelação da origem nada mitológica de Thor, o leitor fica atento para as próximas edições. O melhor do personagem, que tem sido o grande mistério da equipe, é o fato de que ele pode não ser louco e todos estarem sendo enganados, apesar de tudo indicar que trata-se de um esquizofrênico.
Hitch, pra variar, não decepciona. Sua paciência com os detalhes e seu traço realista deixam qualquer um encantado, principalmente com seus painéis e suas cenas de ação.
Com tudo isso, a revista não precisava de mais nada para ser atraente ao leitor, mas a Panini decidiu comemorar a edição 50 deste e outros títulos distribuindo como brinde dois jogos de um Baralho Marvel, com os naipes distribuídos nas edições de fevereiro.
Classificação: