MARVEL MILLENNIUM - HOMEM ARANHA # 61
Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM ARANHA # 61 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Silver Sable - Brian Michael Bendis (roteiro), Mark Bagley (desenhos) e Scott Hanna (arte-final);
A Tumba de Namor - Mark Millar (roteiro), Greg Land (desenhos) e Matt Ryan (arte-final);
X4 - Mike Carey (roteiro), Pasqual Ferry (desenhos) e Leinil Francis Yu (arte adicional na segunda parte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: Silver Sable - Os homens de Silver Sable pegaram Flash Thompson por engano quando tentaram capturar o Homem-Aranha. Quando o garoto se liberta, a caça ao Cabeça-de-Teia ganha um novo alvo: a escola em que eles estudam. E, no meio da confusão, Mary Jane flagra Peter Parker com Kitty Pride.
A Tumba de Namor - O Quarteto Fantástico enfrenta Namor.
X4 - Com Cérebro ameaçado e os outros X-Men longe, Wolverine, Homem de Gelo e Lince Negra atacam o Edifício Baxter e enfrentam o Quarteto Fantástico.
Positivo/Negativo: Esta é uma edição bastante abaixo da boa média que Marvel Millennium: Homem-Aranha costuma manter.
A culpa é do superestimado Mike Carey, um roteirista que costuma criar tramas confusas mesmo em títulos elogiados como seu Lúcifer, no selo Vertigo. E o autor não foge à sina no arco em duas partes X4, que reúne as versões millennium de X-Men e Quarteto Fantástico pela primeira vez.
Metade da revista traz esse arco, que até tem desenhos interessantes de Pascual Ferry - o confronto entre o Coisa e Wolverine tem bons ângulos. Mas não adianta: a trama, costurada com os velhos clichês dos crossovers, simplesmente não decola.
Mesmo no compacto universo de Marvel Millennium há histórias ruins que, por conta da cronologia, precisam ser publicadas. É o caso de X4 - mas a Panini ao menos teve o bom senso de não transformá-la em mais um especial com um atrativo e vendável "X" na capa.
Afinal, de especial essa história não tem nada. Na revista de linha, ao menos, o dinheiro do consumidor acaba compensado pelas boas histórias de Homem-Aranha e Quarteto Fantástico.
O aracnídeo continua com o climão de seriado teen imposto por Bendis. Se por um lado o personagem é um herói que enfrenta grandes bandidos e se envolve com a S.H.I.E.L.D. e os Supremos; por outro, o cotidiano escolar e romântico de Peter Parker dão uma boa liga para as histórias. Mas alguns dos melhores momentos da série são vistos quando essas duas facetas do Homem-Aranha se aproximam.
Nesta edição, Bendis mostra isso duplamente: no cerco à escola e no relacionamento com Kitty Pride, que é descoberto por Mary Jane. O mundo do Homem-Aranha sempre invadiu o cenário de seu alter ego, mas, pela primeira vez na série (e esta edição traz a 87ª parte, sem contar anuais e extras), Peter Parker, ao ficar com Kitty, começa a levar sua vida pessoal para o mundo do Aranha.
Junto com Bendis, Millar é um dos alicerces do universo ficcional de Marvel Millennium. De volta ao Quarteto Fantástico, o roteirista está apresentando uma nova versão de Namor - mais forte, apimentado e ousado que o original. Mas também mais vulgar, o que combina com uma Susan Storm que se veste tão mal quanto Britney Spears.
A conclusão da história, que une os dois personagens, é de uma crueldade ímpar, dessas coisas baixas que Millar costumava deixar reservado para os Supremos - de longe, a mais adulta série Millennium.
Millar é bom, mas, de novo, a arte magistral de Greg Land ajuda muito o roteirista. Seu trabalho está fabuloso perto do que se costuma ver em revistas de linha.
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