MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 69
Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 69 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);
X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Tom Raney (desenhos);
Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Pascual Ferry (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - A vida de Peter Parker vira de cabeça para baixo quando ele descobre que o novo Escorpião é um clone seu. Para piorar, aparece uma nova Gwen Stacy e Mary Jane é raptada por um outra cópia deformada do alter ego do Aranha.
X-Men - Jean manifesta o poder da Fênix e ajuda os X-Men a matar o Mágico, mas será que isso é realmente possível?
Quarteto Fantástico - Reed e Sue tiram um dia de folga, mas seu passeio como pessoas normais pode não acabar bem quando um grupo de alienígenas invade o shopping.
Positivo/Negativo: Esta é uma edição para quebrar paradigmas. Primeiro, pela "convenção" de que tudo que Bendis faz é bom; e segundo que a Saga do Clone no universo normal não tinha como ser pior.
As duas histórias de Homem-Aranha são uma versão editada e piorada de tudo que teve de ruim e macabro na Saga do Clone original. Todas as péssimas idéias que se arrastaram por meses na década de 1990 estão condensadas aqui. Desde pequenos detalhes, como Reed Richards fazer o teste de DNA que determina que Peter é um clone, até a volta de Gwen Stacy e a existência de um clone deformado.
E se alguém pensava que Bendis poderia salvar tudo, não se engane. O único detalhe inédito que ele acrescenta é que, aparentemente, quem está por trás de tudo é o pai de Peter. Pior: pela reação da Tia May à aparição dele, ela sabia que Richard Parker estava vivo.
No geral, a trama é ruim demais, mas tem a vantagem de acontecer rápido. Então, basta o leitor esperar o próximo arco.
X-Men volta a ter histórias confusas com diversas frentes narrativas. A idéia de o Mágico enganar a todos com sua morte e ter entendido que seus poderes funcionam, às vezes, de forma inconsciente, moldando a realidade para realizar certos desejos, já é complexa por si só.
Fora isso, há tantas outras subtramas acontecendo e coisas para serem reveladas, que o leitor fica um pouco perdido.
Nos desenhos, a arte de Tom Raney é mediana e sofre de uma falta de estilo próprio.
Fechando a revista, começa uma nova fase do Quarteto Fantástico, com outro time criativo. Millar é um excelente roteirista, mas teve a facilidade de recriar o Quarteto desde o começo e de ter um monte de coisas bacanas à disposição para apresentar. Agora vem a parte difícil: manter um título mês a mês, prendendo a atenção do leitor com histórias interessantes.
Assim, o que vem a seguir dificilmente será tão bom quanto a fase anterior, mas é preciso dar um desconto. Afinal, fazendo uma metáfora, Millar serviu um banquete para ocasiões especiais e os que vierem a seguir terão que dar graça e sabor para o arroz e feijão de cada dia.
Dito isso, nesta edição a nova trama ainda não se abriu muito, mas, graças ao visual interessante do traço de Pascual Ferry, está gostosa de ler.
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