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MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 70

1 dezembro 2007


Título: MARVEL MILLENNIUM - HOMEM-ARANHA # 70 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);

X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Ben Oliver (desenhos);

Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Pasqual Ferry (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2007

Sinopse: Homem-Aranha - O pai de Peter está vivo e agora o jovem quer respostas, mas muito aconteceu nesse tempo em que ele estava desaparecido.

X-Men - Fury manda um colar que permitirá que Xavier derrube Jean, caso ela perca o controle dos poderes novamente. E um misterioso inimigo entra na Mansão para matar o professor - seus alunos precisarão se esforçar para evitar que isso aconteça.

Quarteto Fantástico - A situação se complica para o Quarteto quando os heróis se vêem no meio de uma guerra de seres interdimensionais.

Positivo/Negativo: Não há como quantificar o quão péssima foi a escolha da Marvel de ter a Saga do Clone na comemoração de 100 edições de Ultimate Spider-Man.

De tudo do universo tradicional que se poderia adaptar para a versão Ultimate, esta é a pior das tramas. Complica ainda mais quando se mostra a volta do pai de Peter e tudo isso ligado aos simbiontes que, agora, aparentemente, não são alienígenas e, talvez, nem simbiontes.

Claro que não há a necessidade de tudo ter correspondência fiel com a cronologia tradicional, mas esperava-se que o foco desta revista fosse contar boas histórias, e não transformar idéias ruins em tramas piores ainda.

A galeria de esboços usada para completar as páginas do mix é até bacana. No começo desta nova linha, o desenho de Bagley era admirável, mas hoje, depois de mais de oito anos, ver mês a mês as mesmas linhas e traços cansa, a ponto de se reparar mais em seus defeitos do que nas qualidades.

Em X-Men, Kirkman trabalha com um personagem importante do universo mutante tradicional, o Cable. Na cronologia normal, ele é um personagem que volta do futuro para impedir que o Apocalipse domine a Terra. Junto com Bishop, marca uma espécie de tradição nos X-Men de histórias com futuros assombrosos e personagens deslocados no tempo.

Cable chega a ser mais complicado do que Bishop, pois é filho do Ciclope com uma clone da Jean, nascido no presente e levado para ser criado no futuro e que volta tempos depois, mais velho que o próprio pai.

Ainda é cedo para falar sobre essa nova versão, mas, pelo que mostrou, este Cable tem mais cara de filho do Wolverine do que do Ciclope. O jeito é aguardar a explicação que virá.

A volta de Ben Oliver aos traços foi ótima. Ele tem um traço leve, estilizado na medida para o seu desenho ser limpo e completo. Assim, o resultado final é sempre um visual bastante agradável.

Por fim, é difícil dizer que Quarteto Fantástico está legal. A revista tem todos os elementos para isso, mas falta o principal: permitir que o leitor entenda o que está acontecendo. Há várias situações e diálogos envolvendo novos personagens, o que deixa tudo muito confuso.

No final, quando o roteirista abrir o jogo, possivelmente tudo fique bem explicado, mas até lá é difícil agüentar uma trama em que não se entende o que acontece.

Pelo menos o desenho Pascual Ferry e muito bom. Seu traço é leve e cheio de movimento e torna a leitura menos tortuosa.

Classificação:

4,0

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