MARVEL MILLENNIUM – HOMEM-ARANHA # 71
Autores: Homem-Aranha - Brian M. Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);
X-Men - Robert Kirkman (roteiro) e Ben Oliver (desenhos);
Quarteto Fantástico - Mike Carey (roteiro) e Pascual Ferry (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - A situação de Peter se complica cada vez mais quando Nick Fury bate à sua porta com um esquadrão de robôs "Esmaga-Aranhas". No meio da confusão, o garoto é salvo por uma Mulher-Aranha: nada menos que Jessica Drew, mais um dos diversos clones que fizeram a partir do seu material genético.
X-Men - Cable derrota por pouco os alunos de Xavier e consegue escapar levando Jean como refém. Ainda sem saber o que aconteceu, os mutantes recebem um novo visitante: Bishop.
Quarteto Fantástico - A Unidade Semente e o Quarteto viajaram atrás do Cão de Guerra, mas descobrirão que podem estar enfrentando poderes muito maiores do que esperavam.
Positivo/Negativo: Se alguém tinha alguma esperança de que algo de bom saísse dessa nova versão da Saga do Clone, talvez seja hora de desistir. A história se enrola cada vez mais, agrega diversos personagens sem propósito, como Cassandra Web (a mística Madame Teia da cronologia oficial) e uma estranha versão de Jessica Drew (a Mulher-Aranha), que aqui é um clone feminino de Peter.
O grande problema é que a história está tomando um vulto tão grande e se esforça tanto para chocar o leitor, que cria situações irremediáveis. São coisas como o conflito com Nick Fury, a descoberta da identidade de Peter pela Tia May, a transformação de Mary Jane em um monstro, sem falar nos diversos clones e a presença do pai de Peter.
Tudo leva para aqueles pontos em que não há um modo simples para o personagem voltar a ser como era antes. Com isso, ou Bendis usa um monte de desculpas bem esfarrapadas e joga tudo pra baixo do tapete (algo que parece ser a política vigente na Marvel) ou terá um herói com um status bem diferente do que se viu até o momento, podendo ou não agradar o público.
Em X-Men, Kirkman está mostrando sua versão para as histórias de futuros alternativos que sempre marcaram a versão original dos heróis. Aqui, ao que parece, Cable é uma espécie de Wolverine do futuro e Bishop por enquanto permanece uma incógnita.
Mas, no fim, a questão é sempre a mesma: um vem matar um X-Men que é causador de um futuro apocalíptico, neste caso o Professor X, enquanto outro vem de um futuro mais apocalíptico ainda para impedi-lo.
É confuso, sempre foi e os resultados muitas vezes são duvidosos, mas vale esperar para ver. Enquanto isso, vale curtir a excelente arte de Ben Oliver, que dá leveza e realismo à revista.
Agora, quem quer uma história confusa, tem em Quarteto Fantástico um prato cheio. Apesar do bom ritmo e cenas de ação bem feitas, é praticamente impossível entender a trama central e quem são os coadjuvantes.
O pior é que já se passaram três edições e nada foi esclarecido. Pelo contrário, tudo só se agrava com a inserção de nomes conhecidos pelo leitor, como Thanos, em personagens diferentes daqueles que ele está familiarizado.
Assim como em X-Men, o que salva a revista é a arte. Pascual Ferry é sempre muito bom e trabalha com uma simplicidade e leveza sem iguais.
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