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MESTRES DO TEMPO - A BUSCA POR BATMAN

1 dezembro 2011

MESTRES DO TEMPO - A BUSCA POR BATMAN

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: Dan Jurgens (texto e arte), Norm Rapmund com Rodney Ramos (arte-final) e HI-FI Designs (cores) - Originalmente publicado em Time Masters - Vanishing Point # 1 a # 6.

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Outubro de 2011

 

Sinopse

Superman, Lanterna Verde, Gladiador Dourado e Rip Hunter viajam para o passado em busca de Batman, que está perdido no tempo.

Positivo/Negativo

A saga Mestres do tempo - A busca por Batman tenta fazer a ligação entre dois eventos marcantes da DC Comics: a confusa Crise final, de Grant Morrison, e a vindoura Ponto de ignição, assinada por Geoff Johns, que marca o início da reestruturação da editora.

Aqui, os heróis viajam no tempo para encontrar Batman, que havia sido dado como morto após confrontar o vilão Darkseid na última Crise. A premissa já indica necessidade de se conhecer a fundo a cronologia do Universo DC, e o roteirista e ilustrador Dan Jurgens não facilita a vida dos leitores.

Todos os acontecimentos parecem jogados sem explicações, há uma proliferação de personagens que não dizem a que vieram e referências a fatos ocorridos décadas atrás. É a típica HQ para os fanáticos por cronologia, o que só tende a afastar leitores ocasionais.

Além dos eventos citados, a trama busca elementos da série mensal do Gladiador Dourado, personagem criado pelo próprio Jurgens na década de 1980. Originalmente, ele era um homem desonesto do Século 25 que roubou seu uniforme, projetor de campo de força e anel de voo de um museu e voltou ao passado para ganhar dinheiro como super-herói.

O Gladiador aumentou sua popularidade ao participar da Liga da Justiça Internacional e amadureceu em sua recente série mensal, quando foi alçado ao posto de protetor do fluxo temporal. Assim, age secretamente e todos ainda pensam que ele é o bobão de antes.

É nesse ponto que se desenvolve a confusa narrativa de Mestres do tempo, como se fosse mais um arco da revisa do Gladiador. Os próprios coadjuvantes marcam presença importante, e só fazem sentido para quem conhece bem a publicação - que, importante dizer, foi abandonada pela Panini no Brasil.

O ponto de redenção é que Jurgens conhece bem todos os personagens e domina como poucos uma aventura típica de super-heróis, daquelas em que a ação fala mais alto e não perde tempo com reflexões filosóficas.

Os protagonistas surgem todos bem caracterizados: Superman agindo de forma proativa e inspiradora, o Lanterna Verde questionando a moral do Gladiador, e este paquerando no meio de uma luta, enquanto Rip Hunter é o cérebro do grupo. Jurgens consegue manter o ritmo da saga com ação ininterrupta, e quem não se importa de ficar perdido, vai se divertir.

A edição é um prato cheio para os nostálgicos dos anos 90, quando Jurgens escrevia e desenhava Superman, pois conta com o desenrolar de eventos da época, envolvendo Tempus e os Homens Lineares.

A arte de Dan Jurgens continua competente. Ainda que não esteja em sua melhor forma e que Norm Rapmund não seja a escolha ideal de arte-finalista, ele mantém seu estilo dinâmico e cheio de energia. As cenas de ação empolgam e os heróis estão sempre altivos.

Mais um ponto a se destacar são os pequenos prólogos ao início dos capítulos, nos quais contracenam Rip Hunter, quando criança, e seu pai, um envelhecido Gladiador Dourado. Se o restante da aventura tivesse esse mesmo apelo humano, certamente ganharia muito. Como está, é esquecível.

Classificação:

4,0

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