O último capítulo de Mickey e o mundo de Tutor mostra por que o italiano Casty é o nome do momento entre os quadrinhistas Disney.

Na HQ, a ficção científica se transforma em mero pano de fundo para uma rascante mensagem global sobre o futuro da humanidade, quando Mickey e Esquálidus revelam, na sede das Nações Unidas, que Tutor, o mundo infeliz e totalmente exaurido de recursos naturais que estava raptando a fauna terrestre, é simplesmente a Terra do ano 2810.

A história é nada menos que cinematográfica, do roteiro aos desenhos. A página 5, na forma de um mural em "pizza", mostrando o retorno dos animais em vários países e a reação de alegria do povo de cada um deles, é o emblema dessa narrativa que remete à tela grande.

No final da aventura, quando a humanidade parece se dar conta de seu papel naquele futuro sombrio e inicia de imediato as ações necessárias para mudá-lo, as últimas páginas seguem narradas em recordatório, com uma mensagem que termina num recado direto ao leitor. Não é difícil imaginar, na sequência, os caracteres dos créditos subindo na "tela".

Pontuada por tiradas sutis de humor, a HQ traz uma divertida sacada que somente quem leu a primeira parte da saga A Ilha de Quandomai, em Mickey # 815, vai entender.

Naquela história, um navio chamado Tristan Oceanic afunda próximo à misteriosa ilha. E neste capítulo final de Mickey e o mundo de Tutor, o leitor vai encontrar, numa cena do primeiro quadro da página 4, um curioso... Tristan Oceanic II.

Fechando a edição, a HQ do Indiana Pateta traz os sempre interessantes desenhos de Massimo De Vita, mas está longe de ser uma das mais empolgantes do personagem.

Mickey # 825, assim como os outros gibis mensais Disney da Abril publicados em junho de 2011, também marcou a volta do registro da data de lançamento no expediente da última página, ausente das revistas havia anos.