MÔNICA # 1
Autores: Estúdio Mauricio de Sousa (textos e desenhos).
Preço: Cz$ 9,30 (preço da época)
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Janeiro de 1987
Sinopse: Edição de estreia da Turma da Mônica na Editora Globo, apresentando 20 histórias e uma tira com os principais personagens de Mauricio de Sousa.
Positivo/Negativo: Numa época sem internet e outros meios igualmente ágeis de comunicação entre os fãs de quadrinhos, muita gente só foi saber que a Turma da Mônica havia saído da Editora Abril quando, nos primeiros dias de 1987, viu nas bancas o gibi Mônica com a numeração reiniciada e a logomarca da Editora Globo estampada na capa.
Logo na primeira página da revista, um texto de Mauricio de Sousa explica de forma breve a mudança e convida os leitores a começar uma nova coleção.
A edição não decepciona, embora não apresente nada de especial além do fato de ser, hoje, um item raro de colecionador.
Membros ativados e O colete à prova de coelhadas, com a Mônica, merecem destaque, mas as melhores histórias do gibi foram estreladas por outros personagens, como Superprodução para o Bidu, em que o cachorro azul revive aventuras clássicas da Turminha, atuando no lugar dos protagonistas originais; O Encontro, com Franjinha, que deixa o leitor curioso até o último quadrinho; e duas do Horácio, sem título.
Mônica # 1, entretanto, parece dedicada às mulheres. Afinal, como se não bastassem as histórias da personagem-título, outras garotas também estrelam aventuras próprias: Magali, Aninha e Tina, esta última em três ocasiões. Até a aventura do Franjinha tem como figura central uma menina.
As mulheres também são o tema de O beliscador, uma inusitada história do Penadinho que certamente seria vetada nos atuais gibis da Turma da Mônica pelo seu conteúdo politicamente incorreto.
Isso porque, na história de duas páginas, ele dá vazão ao seu lado tão traquina quanto "tarado" e anda pelas ruas beliscando as nádegas de todas as mulheres de corpo escultural que encontra pelo caminho, fechando o quadrinho afirmando, com um sorriso maroto, que ser fantasma tem suas vantagens.
O gibi foi um bom recomeço para a Mônica e o início de uma parceria editorial que a consolidou como a mais famosa e querida criação dos quadrinhos brasileiros.
Até que, 20 anos depois, outra editora deu moradia aos personagens de Mauricio de Sousa e a baixinha dentuça alçou voos ainda maiores e mais marcantes nos cenários nacional e internacional.
Mas isso é outra história (de sucesso) que essa menina forte e decidida continua contando.
Classificação: