MONSTER # 1
Título: MONSTER # 1 (Conrad Editora) - Série mensal
Autores: Naoki Urasawa (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 12,00
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Junho de 2006
Sinopse: Estamos em 1986. O Dr. Tenma é um jovem médico japonês que conseguiu trabalho na Alemanha Ocidental. Brilhante cirurgião, trabalha num hospital em que é obrigado a se submeter aos planos do ambicioso diretor, que é pai de sua namorada.
No entanto, ao decidir não seguir ordens e salvar a vida de um menino, em vez de atender o prefeito local, que estava passando mal, sofre uma guinada na carreira. Tenma passa, então, a ser preterido por seu superior. Na seqüência, misteriosos assassinatos acontecem no hospital.
Passamos para 1995. Novamente, assassinatos começam a ocorrer, e o médico mal pode prever as terríveis conseqüências de suas atitudes, quando descobre ser o principal suspeito dos crimes - e que um terrível assassino serial está vivo por sua causa.
Positivo/Negativo: Este primeiro volume de Monster impressiona.
O roteiro envolve termos e situações médicas que não teriam como surgir da imaginação do autor. O processo de criação envolveu, com certeza, muita pesquisa sobre o assunto.
Na parte da arte, idem. As salas de cirurgia, ambiente hospitalar, tomadas externas... nada é gratuito, tudo é muito bem detalhado, e nos personagens não são utilizados aqueles olhos enormes, típicos de alguns mangás.
A história é apresentada com uma narrativa muito bem ordenada e minuciosamente construída e, como num livro dos bons, leva até um clímax que promete muita coisa para as edições seguintes.
Uma palavra determina bem o protagonista japonês: consistência. Com uma personalidade altruísta, cheio de conflitos internos e muito bem caracterizado, é difícil ficar impassível frente aos problemas enfrentados pelo Dr. Tenma - que lembra, e muito, aquela imagem do típico nipônico: introvertido, inteligente, obstinado.
Um começo muito bom para este novo mangá para adultos, que terá no total 18 volumes, com mortes, suspense e trama policial.
Não é à toa que os quadrinhos japoneses tomaram o mundo de assalto.
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