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MULHER-SERPENTE # 2

1 dezembro 2007


Título: MULHER-SERPENTE # 2 (Panini
Comics
) - Minissérie em 2 edições

Autores: Shekhar Kapur (argumento), Zeb Wells (roteiro), Michael Gaydos (arte), Sampath Kumar e I. Jeyabalan (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Setembro de 2007

Sinopse: A jovem Jessica Peterson descobre que, numa vida passada, ganhou os poderes de uma deusa-serpente indiana. Sua sina é eliminar os 68, grupo formado pelas novas encarnações dos europeus que invadiram a Índia.

Positivo/Negativo: Depois de uma primeira edição com jeito de prelúdio, o segundo número de Mulher-Serpente é dedicado a revelar que história é essa. E é o que o leitor vai encontrar: a explicação de quem é Jessica Peterson, quem a está perseguindo, quem é Brinkley e o que está por trás dessa história toda.

Comparando com o ritmo lento da edição de estréia, é bastante coisa - o que dá um ritmo bacana à aventura. Além disso, este número tem 72 páginas, contra os 48 da estréia, o que ajuda a acelerar a trama.

Agora que o leitor começa a entender o que está por trás da história, surge outro problema: o argumento do diretor de cinema Shekhar Kapur (de Elizabeth) não é dos mais empolgantes. Ele se soma à velha tradição de vingança contra um grupo ancestral de inimigos - algo tão batido que alimenta até mesmo 7 Irmãos, o outro título da Virgin Comics a sair no Brasil.

Os clichês do gênero estão todos lá: tem o inimigo espertalhão, o guru otário, os símbolos das dinastias ancestrais, a origem trágica da história e por aí vai. E pior: mesmo quando tenta renovar um pouco, a HQ cai num papinho de pseudociência new age duro de engolir.

Como Mulher-Serpente é um título regular lá fora, o final da minissérie não é exatamente o desfecho da história, mas apenas o encerramento do primeiro arco. Logo, a leitura acaba com a sensação de que ainda tem muita água para rolar. A grande questão é saber se resta disposição para acompanhar uma eventual nova rodada da HQ.

Por mais que Zeb Wells se esforce para roteirizar a história e criar uma narrativa decente, a criação de Kapur torna difícil a missão de segurar a onda. É assim que, mais uma vez, quem acaba levando a história nas costas é o artista Michael Gaydos (Alias, Pulse, Demolidor).

O resultado é uma HQ sem vigor, que não chega a ser ruim, mas certamente é irrelevante: ler Mulher-Serpente não vai ser uma experiência marcante na vida de alguém. A julgar por essa primeira minissérie, a Virgin Comics ainda tem muito trabalho pela frente para se tornar uma referência de entretenimento de alto nível e fazer par às outras empresas de Richard Branson.

Classificação:

4,0

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