Título: NARUTO # 5 (Panini
Comics) - Revista mensal

Autor: Masashi Kishimoto (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 184

Data de lançamento: Setembro de 2007

Sinopse: Naruto, Sasuke e Sakura querem deixar de ser genins e se tornar chunins, uma graduação acima do seu atual posto. Para tanto, devem passar por um complexo teste.

Positivo/Negativo: Este volume se concentra no primeiro teste que o trio de Naruto tem de passar para se graduar como chunins, que consiste numa prova escrita em que colar sem ser visto pode ser a única solução.

O interessante do teste é notar como os elementos escolares comuns são adaptados ao mundo dos ninjas, seja nas perguntas que envolvem estratégias de batalhas, criptografia com matemática e física ou no que realmente importa no teste, que é conseguir as informações sem ser notado.

Naruto é um mangá com um enredo muito semelhante ao de videogames. Nas páginas que antecedem o primeiro teste, Sasuke e Naruto, além de se estranharem com colegas rivais, têm acesso a infocartões ninjas que apresentam as habilidades dos seus adversários.

Esses cartões parecem muito com as estatísticas de personagens de jogos eletrônicos de RPG, por exemplo. Além disso, a disposição da história, apresentando desafios cada vez mais complicados é um paralelo bastante similar com as famosas "fases" dos games.

No quesito desenho, o traço limpo de Masashi Kishimoto continua eficaz e agradável. Seu único defeito, reconhecido pelo próprio autor em box talk de edições anteriores, é a dificuldade para desenhar personagens femininos. Todas as garotas parecem ter a mesma cara, só com alguns detalhes diferentes.

Por falar no box talk, neste volume há dois, em que Kishimoto conta mais das etapas da produção de sua HQ. Com isso, pode-se observar o cuidado que autores, editores e arte-finalistas têm com o mangá.

Naruto é uma verdadeira superprodução, com tudo planejado e trabalhado nos mínimos detalhes. Uma lição de profissionalismo que outros autores e editoras ao redor do mundo deveriam aprender.

Na parte editorial, novamente há mancadas bravas de revisão. O texto da seção de cartas mais uma vez fala em mensagens bem escritas, mas rola um "casa de ferreiro, espeto de pau": logo a seguir aparecem "mensão" (o correto seria menção), "assesso" (acesso) e "agratdeço" (agradeço).