Não só a Editora Abril voltou a publicar uma edição especial natalina da turma de Patópolis, como ressuscitou o título Natal de Ouro Disney, que desde a década de 1990 havia deixado órfãos os colecionadores da tradicional revista.

A capa não é das melhores, principalmente se comparada à versão anterior do gibi, que sempre trazia uma arte mais expressiva e cheia de elementos, mas consegue transmitir o clima e chamar a atenção na banca.

Somente as três histórias escritas e desenhadas Carl Barks (com destaque para O trenzinho da alegria e Uma carta para Papai Noel) - mais outra que o artista apenas desenhou - valeriam para marcar o retorno de Natal de Ouro Disney com uma feliz seleção de HQs clássicas.

Mas o leitor encontrará mais motivos para celebrar esta volta, graças ao Tio Patinhas em Um sonho de Natal (de Ivan Saidenberg e Euclides K. Miyaura), à malandragem de Zé Carioca em É Natal, quer apostar? (com arte de Luiz Podavin) e Pato Donald e Peninha na impagável Bancando o Papai Noel (por Arthur Farias Jr. e Miyaura), todas produzidas no Brasil.

E ainda tem artistas do calibre de William Van Horn - com O sumiço dos brinquedos - e Vicar - na ótima O apagão de Natal - para fazer desta edição uma leitura obrigatória de fim de ano.

Como nos velhos tempos.