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NEGIMA! # 5

1 dezembro 2006


Título: NEGIMA! # 5 (Editora JBC) - Revista mensal

Autor: Ken Akamatsu (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2006

Sinopse: A história é retomada quando o jovem mago Negi Springfield assume oficialmente o posto de professor do Colégio Mahora. O problema é que ele acaba descobrindo que não é o único ser mágico da escola. Duas de suas alunas, Evangeline A. K. McDowell e Chachamaru Karakuri também têm poderes - e estão dispostas a usá-los contra o mestre de dez anos.

Para enfrentá-las, o arminho falante Albert Chamomile, o Kamo, chega à escola com a solução para o problema: Negi precisa escolher uma parceira, e as opções são suas alunas.

Positivo/Negativo: Negima! chega ao quinto número apresentando uma transição crucial em sua trama. No começo, um dos atrativos era justamente fazer um contraponto a Harry Potter e outras ficções juvenis recentes, que são repletas de seres encantados. Nesse sentido, apesar do visual próximo do personagem de J. K. Rowling, Negi estava mais aparentado com Samantha, do seriado A Feiticeira. Afinal, seus poderes eram imensuráveis, mas precisavam permanecer escondido dos humanos. E isso dava um charme ao mangá.

Esta edição é recheada de combates mágicos. E ainda chega Kamo, o arminho falante, o que começa a desmoronar um dos pontos altos da trama.

Ou seja: a rotina divertida da escola ficou em segundo plano, com apenas duas cenas memoráveis - a chegada do arminho durante o banho coletivo e a discussão pelas calcinhas.

No fim das contas, Akamatsu tirou o tom cotidiano da série - que deu brilho a sua admirável obra anterior, Love Hina -, mas ainda não pôs nada no lugar.

Mas, com certeza, o pior cenário é o de se repetir o que se viu nesta edição. Combates de poder são um clichê perigoso do gênero, e calcar um argumento tão poderoso quanto o de Negima! em uma idéia tão pobre é desperdício.

O ideal, claro, é que as aparições de Evangeline e Chachamaru sejam apenas eventuais - como as da sogra Endora, em A Feiticeira - e que o mangá volte a ser uma comédia romântica leve, bem escrita, com diagramação ritmada e que dá um prazer enorme de se ler.

Não dá para deixar de comentar, porém, a recomendação "Desaconselhável para menores" estampada na capa. O erotismo do título é leve e tratado com humor. Realmente não parece nada danoso a adolescentes que estejam na faixa de idade das meninas. Provavelmente, não há nada ali que não faça parte do imaginário da garotada.

Pode parecer apenas uma precaução jurídica da JBC, claro. Mas, com o aviso, o mangá deixa de ser focado em leitores jovens, que são nítida e indiscutivelmente seu público-alvo, para se tornar uma obra que apresenta mocinhas de biquíni para marmanjos tarados maiores de 18 anos.

Depois um juiz manda interromper a publicação, e ninguém entende o porquê.

 

Classificação:

4,0

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