NOVOS DEUSES # 1
Título: NOVOS DEUSES # 1 (Opera Graphica) - Minissérie em 3 edições
Autores: Jack Kirby (argumentos e desenhos) e Vince Colleta (arte-final).
Preço: R$ 8,90
Data de lançamento: Novembro de 2001
Sinopse: Nova Gênese e Apokolips. Dois mundos muito diferentes, mas com grandes ligações entre si. Um vive em paz e harmonia e é o lar dos Novos Deuses. O outro é tomado de trevas e terror, dominado pelo poderoso Darkseid.
Órion é um guerreiro dos Novos Deuses, talvez o mais dedicado e honrado. Poucos sabem de sua verdadeira origem, um mal que ele terá que enfrentar. Uma guerra se aproxima e Darkseid planeja invadir e dominar a Terra. Justamente Órion pode ser a última esperança do planeta para impedir os planos do vilão.
No decorrer dos eventos, o leitor vai conhecendo detalhes dos Novos Deuses, Metron, Lightray, Corredor Negro, a Fonte e todo o rico universo de personagens criados por Kirby.
Positivo/Negativo: Jack Kirby criou, ao lado de Stan Lee, o Universo Marvel. Quarteto Fantástico, Hulk, Homem de Ferro, X-Men, Thor, Capitão América (ao lado de Joe Simon) nasceram e tiveram grande sucesso. Mas, na década de 1970, ele deixou a "Casa das Idéias" e foi trabalhar na DC Comics, onde criou todo o conceito dos Novos Deuses.
Este é, possivelmente, o trabalho mais autoral de Kirby. Logo nas primeiras páginas, ele mostra uma guerra entre deuses, e seus lares destruídos, numa alusão à guinada que deu em sua carreira.
A história produzida naquele tempo (quando a maioria dos roteiros costumava ser bem simples) ainda chama a atenção pelos detalhes e conceitos interessantes que Kirby desenvolveu. Nessa edição, o leitor poderá ver como foram criados os Novos Deuses, Órion, Darkseid (que acabou por se transformar em um dos maiores vilões do Universo DC) e até a Intergangue, que já atormentou até o Super-Homem, em Metrópolis.
O trabalho é complementado pelos belos desenhos do criador, algo que não é novidade. O traço de Kirby é bastante característico e nota-se como sua narrativa já procurava fugir dos padrões da época. Seja em vários quadros ou em painéis de páginas duplas (como a luta entre primatas nas páginas 74 e 75), é um prazer poder ver a riqueza de detalhes que ele utilizava.
A edição da Opera Graphica está muito bem produzida. Papel de qualidade, boa encadernação, impressão de primeira e ótimo preço. No final da revista, como já é costume, um texto se aprofundando no assunto e trazendo informações extras para os leitores.
Mas a editora precisa redobrar o cuidado com a revisão, que, apesar de ter melhorado, ainda deixou passar coisas como "deffinhou" (logo na primeira página) e outros menos relevantes.
Uma edição para comprar, ler e guardar. Afinal, não é todo dia que esse tipo de material é publicado no Brasil. Que venha o segundo volume!
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