NOVOS TITÃS # 1
Editora: Panini Comics - Edição especial
Autores: J.T. Krull e Fabian Nicieza (roteiro), Nicola Scott e Marcus To (desenhos), Doug Hazlewood e Ray MacCarthy (arte-final), Jason Wright e Guy Major (cores) - Originalmente em Teen Titans # 88 a # 92 e Red Robin # 20.
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Dezembro de 2011
Sinopse
Batman leva o novo Robin, Damien Wayne, para participar dos Novos Titãs, justamente quando a equipe tenta se reestruturar e tem um novo inimigo pela frente.
Positivo/Negativo
Após a reformulação empreendida em 2003, pelo roteirista Geoff Johns e o ilustrador Mike McKone, o título mensal dos Novos Titãs recuperou o fôlego de outros tempos e voltou a apresentar histórias cativantes.
Com a saída de Johns, anos depois, entretanto, os heróis adolescentes da DC Comics passaram a sofrer com escritores pouco inspirados, mudanças constantes na formação da equipe e total indefinição sobre que rumo suas aventuras deviam seguir. Tanto que até a versão brasileira da revista mensal do grupo foi cancelada, apesar de protestos.
Esta edição especial marca a volta dos Novos Titãs às bancas nacionais, com uma nova fase escrita por J .T. Krull e desenhada por Nicola Scott. O resultado, porém, não é dos mais animadores.
Bem integrado aos eventos recentes do Universo DC, o texto de Krull apresenta algumas boas ideias, mas ele simplesmente não tem cacife para assumir uma série de tamanha importância. Suas sagas envolvendo Arqueiro Verde e Arsenal já evidenciavam a deficiência e, mais uma vez, o autor desperdiça sua chance com os Titãs.
Quando Batman decide que Damien Wayne, o novo Robin, precisa de uma convivência mais saudável para crescer como indivíduo, a opção mais lógica é o grupo de jovens super-heróis. Dick Grayson, afinal, amadureceu muito como líder da equipe, e os Robins subsequentes também devem muito a seus períodos ao lado deles.
A interação entre o irascível Damien e os heróis de personalidades distintas tinha tudo para render ótimos momentos, mas tudo soa previsível e pouco atraente.
Os Novos Titãs enfrentam algumas pessoas transformadas em seres bestiais, e têm pela frente um garoto solitário que recebe poderes de uma fonte misteriosa. Investindo na alienação de um jovem nesses tempos conturbados, a narrativa dá sinais de conexão com o público, mas não passa disso.
O inimigo não passa de mais um "inimigo da semana". O maior acerto da trama são os diálogos entre Damien e a titã Devastadora, filha do vilão Exterminador. Como o novo Robin foi criado pela Liga dos Assassinos, os dois heróis logo se veem com algo em comum. São típicas situações que poderiam render nas mãos de um escritor mais competente, mas acabam mal desenvolvidas.
As relações entre outros integrantes da equipe também voltam a ser exploradas, com destaque para o romance entre Superboy e Moça-Maravilha. Ao menos é um atrativo a mais para os fãs.
Uma história secundária deste encadernado, ligada ao título do Robin Vermelho e que conta com texto do veterano Fabian Nicieza, lida melhor com os personagens. O reencontro de Tim Drake com seus antigos companheiros garante bons momentos, e a trama parece mais focada.
A desenhista Nicola Scott é adequada para um título de super-heróis mais convencional, como Novos Titãs, e retrata bem expressões heroicas diferenciadas.
Um segundo especial foi programado para janeiro de 2012, reunindo as últimas histórias do grupo antes do aguardado reboot da DC. Mas, diante da qualidade duvidosa dessas aventuras, o melhor é resgatar na coleção a fase produzida por Marv Wolfman e George Pérez e se deliciar de verdade.
Classificação: