NOVOS TITÃS #14
Título: SUPERMAN # 34 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Pelo Amanhã - Brian Azzarello (texto), Jim Lee (desenhos) e Scott Williams (arte-final);
De Volta à Rotina e Superman versus Gog Até o Fim - Chuck Austen (texto), Ivan Reis (desenhos) e Marc Campos (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 2005
Sinopse: Em uma conversa com um padre, Superman revê seu papel no mundo após uma temporada no espaço, na história Pelo Amanhã.
De Volta à rotina traz uma história em que o Homem de Aço enfrenta assaltantes e Darkseid. E Superman versus Gog até o Fim mostra o começo de uma batalha com Gog.
Positivo/Negativo: Finalmente chega ao Brasil aquela que um dia foi a fase mais aguardada do Homem de Aço nos últimos tempos. O herói vinha de anos histórias bem ruinzinhas. Mas fato é que o tempo - e as más críticas dos veículos estrangeiros - acabaram tirando o impacto da série.
De certa forma, não é a pior coisa que poderia ter acontecido. Com menos expectativa, o leitor até pode achar que ganhou muito com as mudanças. Mas, na verdade, as coisas não funcionaram lá muito bem.
No carro-chefe da nova fase, Azzarello, autor consagrado especialmente pela série 100 Balas, se juntou a Jim Lee, que está longe de ser o melhor desenhista do mundo, mas ao menos é um grande vendedor de revista e um bom criador de impacto visual.
Bem que podia dar certo. Mas a combinação dos dois não flui. Azzarello é um autor minucioso, sutil e com um lado humano muito forte. Lee é um desenhista grandioso, que inventa aparelhos esquisitíssimos. Se deu certo com Batman e sua soturna Gotham, na Metrópolis de Superman parece estar num labirinto sem saída.
Por enquanto, porém, nem o roteiro engrenou. Por mais que pareça denso e interessante, o texto está bastante vazio. Se não levar a lugar algum, vai virar um grande problema. E um mico.
Já a segunda equipe criativa traz uma dupla de artistas em grande fase: os brasileiros Ivan Reis e Marcelo Campos. Os desenhos são de babar. Já Austen é triste. Não que a história não seja legível. Até é. O problema é a caracterização dos personagens.
As falas do Homem de Aço são tão inadequadas que parece que o Superman foi possuído pelo Homem-Aranha - estão cheias de piadinhas infames. Nada pode ser pior que a da página 57, em que o herói sugere uma escatologia que realmente não condiz com o personagem.
Da nova fase, ainda resta a estréia, no mês que vem, de Greg Rucka e Matthew Clark, dupla que já deu um gostinho em histórias curtas de edições anteriores. Mas, por enquanto, a DC Comics continua devendo a grande revolução nos títulos do Homem de Aço.
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