NOVOS TITÃS # 18
Título: NOVOS TITÃS # 18 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Novos Titãs - Geoff Johns (roteiro) e Mike McKone (desenhos);
Aves de Rapina - Gail Simone (roteiro) e Jim Fern (desenhista);
Asa Noturna - Ano Um - Scott Beaty e Chuck Dixon (roteiro) e Scott McDaniel (desenhos);
Renegados - Judd Winick (roteiro) e Carlos D'Anda (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2005
Sinopse: Novos Titãs - Algo sai errado quando os heróis voltam de sua viagem ao século XXXI e eles acabam dez anos à frente de seu presente. Porém, esta realidade é completamente diferente de tudo que esperam e nela terão que encarar os Titãs do futuro.
Aves de Rapina - Savant conseguiu fazer o que Oráculo lhe pediu e livrou um quarteirão de Gotham do tráfico de drogas. Mas ele não fez exatamente como ela disse, e isso perturba Bárbara. Como se fosse pouco para o pobre coitado, a Canário Negro resolve acertar as contas pelo tempo em que esteve em seu cativeiro.
Asa Noturna - Ano Um - Asa Noturna finalmente estréia como vigilante em Gotham e decide fazer tudo como manda o figurino. Ele apresenta-se ao comissário Gordon e a todo tipo de bandido que a cidade oferece, do Coringa ao Pingüim. No caminho, conta com a companhia da Batgirl.
Renegados - Tanner raptou Lian, a filha de Arsenal, e agora os Renegados estão desesperados em seu encalço.
Positivo/Negativo: Geoff Johns ressalta como o futuro que criou para os Titãs é entranho e assustador. Da cena com Batman perseguindo a Filha do Coringa ao Salão dos Mentores na Torre Titã, tudo é feito para mostrar como os heróis mudaram. Como ponto de partida para uma história de suspense, tudo perfeito.
Mas há algo que agride demais os leitores mais conservadores. Os Titãs do futuro têm um jeitão de Os Supremos e seu discurso parece refletir todas as discussões que vieram após Crise de Identidade. E Johns ainda faz isso realçando o ar de verdade deste tempo, por mais que Robin tente afirmar o contrário. Assim, o destino da equipe parece inevitável.
Um erro na página 9 pode gerar confusão. No primeiro quadrinho, Tim fala pelo comunicador com "Connor", mas que na verdade é Conner, o Superboy. Sem saber ainda quem faz parte da equipe no futuro, é possível imaginar que Connor Hawk, o Arqueiro Verde II, esteja entre eles.
Aves de Rapina continua perdendo o ritmo, com Gail Simone pondo idéias muito parecidas em seqüência, como o culto de jovens vestidos como super-heróis do arco anterior e a conferência de capangas uniformizados desta edição.
Além disso, a constante ausência de Ed Benes no título, sendo substituído por desenhistas mais fracos, compromete a qualidade das histórias e passa uma imagem de abandono por parte da equipe editorial da DC.
Salva-se a subtrama de Savant tentando agir como um dos mocinhos para ganhar o reconhecimento de Oráculo. Se Gail Simone desenvolvesse melhor os diálogos, abordando o conflito do modo de pensar dos dois e o platonismo de Savant, o leitor teria uma boa razão para aguardar a edição seguinte.
Asa Noturna finalmente chegou a Gotham e o destaque são os coadjuvantes. A conversa com o comissário Gordon logo no começo já é boa, pois mostra como Chuck Dixon sabe trabalhar com o elenco de apoio do Departamento de Polícia.
Mas o melhor fica para a ronda de Dick ao lado de Bárbara. Como tem feito com todos os elementos do personagem, Dixon colocou o relacionamento dos dois em uma perspectiva ao longo do tempo.
Judd Winick fracassou totalmente em tentar levar seus Renegados para tramas mais "realistas". O desenvolvimento e a conclusão são completamente convencionais e tudo não passa de gestos violentos e descontrolados de Arsenal e Grace. Não passa nem perto de títulos como The Authority ou Os Supremos.
A leitura que já é difícil fica quase impossível com os desenhos de Carlos D'Anda, que não serve nem para a ação nem para o suspense.
Classificação: