NOVOS TITÃS # 21
Título: NOVOS TITÃS # 21 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Novos Titãs - Geoff Johns (roteiro) e Tom Grummett (desenhos);
Aves de Rapina - Gail Simone (roteiro) e Tom Derenick e Ed Benes (desenhos);
Renegados - Judd Winick (roteiro) e Carlos D'Anda (desenhos)
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2006
Sinopse: Novos Titãs - De volta à sua realidade, os Titãs têm de lidar com o que viram de seu futuro e o que suas contrapartes lhe disseram a respeito de manterem-se unidos. Mas isso é especialmente difícil após os acontecimentos de Crise de Identidade e Jogos de Guerra.
Aves de Rapina - A conclusão do confronto com a assassina Colheita e uma conversa séria entre Canário Negro e o Batman. Depois, o arco Caçadores de Heróis continua com o envolvimento de Rosa e Espinho.
Renegados - Asa Noturna descobriu que Bruce Wayne financiava as operações de usa equipe e que Arsenal estava recebendo informações do Batman. Mas as coisas não são exatamente assim e algo nesta história está muito errado.
Positivo/Negativo: A exemplo do que já fez em Flash e Sociedade da Justiça, Geoff Johns dá continuidade aos acontecimentos da minissérie Crise de Identidade demonstrando que é, na verdade, a mente criativa por trás da renovação que a DC vem preparando.
O que o roteirista havia feito nas duas outras séries começa a se expandir para todo o Universo DC. Vilões de segunda e terceira categoria estão ganhando destaque e deixando suas marcas. Aqui vemos o Eletrocutor atrás de Raio para saber o que havia na caixa que aparece em Crise de Identidade.
Em meio a essa confusão, Robin tem de lidar com os traumas de ver seu pai e a Salteadora morrerem e é assombrado pela visão que teve de seu futuro, no qual se vê transformado num Batman ainda mais amargurado do que Bruce Wayne.
No fim, entende-se melhor o conselho do Ciborgue do futuro para que a equipe fique unida para a Crise que virá.
Aves de Rapina continua oscilando entre boas idéias e clichês, mas o ponto alto desta edição e a conversa de Canário Negro com o Batman. Serve principalmente para lembrar o leitor de que Dinah é uma veterana da Liga da Justiça e merece respeito.
A idéia dos Caçadores de Heróis também ficou melhor com a aparição de uma personagem que faz parte do Universo DC, mas andava esquecida: Espinho. Diversão para leitores antigos e uma chance para o roteirista brincar com o passado dela.
A história dos Renegados finalmente engrenou. Mesmo sem ação, a edição emana tensão em cada página, seja com a discussão de Asa Noturna com Arsenal ou com Batman, que já demonstra sinais de desconfiança após os eventos de Crise de Identidade.
A abordagem de Winick para o Cavaleiro das Trevas está muito mais convincente do que a feita na série de Robin, publicada meses atrás nesta revista. É possível perceber por detrás da sua fachada de durão um monte de conflitos.
Infelizmente, a arte de Carlos D'Anda é a pior possível. Suas figuras são completamente desproporcionais e a expressão das personagens é fraquíssima. A falta de equilíbrio entre roteiro e arte é o que impediu esta série de alcançar seu potencial até agora.
Com toda a atenção que a DC pretende chamar para seus títulos, este tipo de descuido editorial não pode continuar.
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