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NOVOS TITÃS # 38

1 dezembro 2007


Título: NOVOS TITÃS # 38 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Os Novos Titãs - Geoff Johns (texto), Tony S. Daniel (desenhos), Kevin Conrad e Norm Rapmund (arte-final);

Cinza e Prata - Judd Winick (texto), Tom Grindberg, Matthew Clark (desenhos) e Art Thibert (arte-final);

Perguntas difíceis - Adam Beechen (texto) e Freddie E. Williams II (arte);

Descendência - Gail Simone (texto), Joe Prado (desenhos) e Dick Giordano (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2007

Sinopse: Os Novos Titãs - Em Paris, os Novos Titãs confirmam que o Dr. Niles Caulder, líder da Patrulha do Destino, não é tão santo quanto parece. E Robin e Cassie lamentam seu fracasso em ressuscitar Superboy.

Cinza e Prata - A interferência violenta e ilegal dos Renegados em questões de geopolítica global chama a atenção do Superman.

Perguntas difíceis - Robin enfrenta Cassandra, a ex-Batgirl que se tornou uma perigosa lutadora.

Descendência - As Aves de Rapina enfrentam Proteus e o Doutor do Crime.

Positivo/Negativo: Novos Titãs se tornou uma revista que sobrevive do passado. Seu mix não abrange nem mesmo uma única série exemplar, daquelas que se destacam por algum mérito artístico.

O maior atrativo são os personagens, que em seus auges cativaram um público que se tornou fiel. É o caso das quatro histórias desta edição.

Os Titãs tiveram seu auge nos anos 80, com Marv Wolfman e George Pérez. Hoje, a equipe tem histórias escritas por Geoff Johns, um dos roteiristas de destaque da DC, mas nem por isso consegue ser uma série extraordinária.

A equipe sofreu com a proximidade de Crise Infinita. E a morte de Superboy durante a saga foi a pá de cal no título, que se tornou melancólico e arrastado como um longo velório sem fim.

Esta edição é prova disso: a batalha inicial acaba e logo começa um festival de chororô que vem de todos os lados. A Patrulha do Destino lamenta o chefe que tem, os vilões se atiram da Torre Eiffel (para depois Cérebro reclamar da falta de corpo), os Titãs reclamam que o Dr. Caulder é grosseiro, Kid Demônio choraminga pela ausência do Demônio Azul para, enfim, Robin e Cassie gastarem algumas páginas chorando sua impotência diante da morte de Superboy.

É uma verdadeira novela mexicana!

Já os Renegados foram um time criado por Batman também nos anos 80 como uma espécie de lado B da Liga da Justiça. Agora, se tornou a equipe de Asa Noturna.

A idéia é que não haja vínculo emocional entre os personagens. O resultado é que um desconfia do outro, fazendo dos heróis uns verdadeiros malas. Os caras passam o tempo todo discordando e debatendo entre si. O resultado: Renegados de Winick é uma HQ tão chata quanto seus protagonistas.

Nesta edição, Superman vai cobrar satisfações de Asa Noturna, que acaba ameaçando o herói com kryptonita. Mas, em vez de soar ameaçador, Dick Grayson fica parecendo um moleque mimado e teimoso.

Há também um problema de coordenação entre os títulos da DC: atualmente, o Asa Noturna de Renegados não tem nada a ver com o herói visto na série na série solo, que vem estragando a revista Batman todos os meses.

No começo de sua carreira como Robin, Tim Drake chamou a atenção por ser o primeiro nerd cool dos quadrinhos de super-heróis. Ele representava a mudança de paradigmas que a internet causou nos aficionados por computador, que passaram a ser bem mais cotados que os velhos nerds dos anos 80. Na época, Tim era uma das melhores reformulações da DC em muitos anos.

Mas o tempo passou e o charme do novo Robin virou lugar-comum. Em Um Ano Depois, o Batman mais animadinho do que taciturno contrasta com o Menino-Prodígio, que recentemente perdeu o pai, a namorada e o melhor amigo. Nesse embate de emoções, Tim se tornou o lado mais amargurado da dupla dinâmica.

É esse o clima que se encontra na sua história solo em Novos Titãs # 38. O jovem herói luta contra Cassandra sem motivação - justamente porque não quer perder a antiga aliada. Mas não há como dar um gás numa história tão deprê.

Fechando a revista, Aves de Rapina continua fraca. Gail Simone perdeu a verve para roteiros e, nos últimos anos, não tem trabalho dela que se salve. Suas aventuras andam completamente sem propósito. A desta edição se encerra, mas deixa uma pergunta no ar: por que mesmo o grupo existe?

Classificação:

4,0

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