NOVOS TITÃS # 43
Autores: O inferno é fogo - Geoff Johns (texto), Peter Snejbjerg (arte), Richard Horie e Tanya Horie (cores);
Cientistas Loucos - Judd Winick (texto), Ron Randall, Pop Mhan (desenhos), Art Thibert, Steve Bird (arte-final) e Guy Major (cores);
O grande salto - Adam Beechen (texto), Freddie E. Williams II (arte) e Guy Major (cores);
Sangue e Circuitos - Gail Simone (texto), Nicola Scott (desenhos), Doug Hazlewood (arte-final) e Hi-Fi (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2008
Sinopse: O inferno é fogo - A origem do Kid Demônio revela como o personagem surgiu, sua chegada aos Novos Titãs e a decepção com o Demônio Azul.
Cientistas Loucos - Dr. Silvana ataca a Austrália com uma arma luddita, que incapacita máquinas e apaga a memória da humanidade. Cabe aos Renegados impedir que o cientista louco conquiste o mundo.
O grande salto - Robin vai visitar Dodge no hospital e, na saída, depara com um suicida.
Sangue e Circuitos - Oráculo recruta novas Aves de Rapina para seu time. E o grupo se envolve em um resgate arriscado de uma jovem norte-americana detida em uma prisão mexicana.
Positivo/Negativo: Eis mais uma edição de Novos Titãs, e é só isso que se pode dizer a respeito dela. Assim mesmo: sem adjetivos, sem empolgação.
Suas histórias que têm um pé fincado no déjà vu. Mesmo inéditas, não parecem novas. Para elogiar algo, é preciso se prender aos detalhes e forçar um pouco a barra.
É o caso da história dos Titãs. O roteiro de Johns é bacana, o traço de Snejbjerg é, como sempre, muito bonito - meio doce, meio sombrio. Mas, se a HQ se destaca em meio às aventuras recentes do grupo, não chega a causar impacto para quem acompanha as histórias do Pacto das Sombras publicadas em Universo DC. É o mesmo estilo, no mesmo cenário, com os mesmos personagens. E com uma agravante: Neron e seus tons esverdeados ainda trazem à tona as memórias relativas à série A vingança do submundo, um dos piores crossovers da DC.
Mal-humorados e deprimidos, os Renegados também não ajudam a melhorar a revista. O time liderado por Asa Noturna se leva a sério mesmo numa aventura nitidamente inspirada na Era de Prata, em que há elementos ridículos como robôs gigantes, bombas de amnésia e planos de dominação global. Chega a ser um desperdício usar um personagem tão rico como o Dr. Silvana para ser antagonista de um grupelho tão chato.
Em compensação, Gail Simone dá uma guinada em Aves de Rapina e consegue ter uma aventura acima da média do título - que, por sinal, anda bem baixa. A mudança de rumo não é gratuita: a HQ desta edição corresponde à centésima edição do título nos Estados Unidos.
Não é só a chegada de Nicola Scott à arte que mudou. A partir de agora, a equipe deve ser mais rotativa, como o recrutamento em massa das primeiras páginas da história revelam. Com isso, espera-se, a série ganhe mais gás.
Apesar disso, e mesmo com a apresentação da nova Mestra Judoka, a missão mexicana no grupo não tem nada de destaque. Tomara que seja só uma desculpa para deflagrar um conflito entre nações com as heroínas no meio.
Robin, que vinha ajudando a segurar a onda da revista com histórias divertidas, também não consegue cumprir seu papel. A trama é um interlúdio que mostra Robin ajudando um suicida, com resultado pra lá de previsível. Graças à onda do politicamente correto, não havia outra opção.
Com tantas mudanças na DC a caminho, Novos Titãs é uma forte candidata a passar por uma reforma em seu mix. Porque, pelo visto, ficar na dependência de uma melhora dos títulos norte-americanos tem se mostrado uma fórmula arriscada e sem muito futuro.
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