NOVOS TITÃS # 45
Autores: Titãs da Costa Leste - Geoff Johns e Adam Beechen (roteiro) e Tony S. Daniell (desenhos);
Estranha mistura - Adam Beechen (roteiro) e Frazer Irving (desenhos);
Pague no caminho - Judd Winick (roteiro) e Carlo Barberi (desenhos);
Liberdade de ação - Gail Simone (roteiro) e Paulo Siqueira (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2008
Sinopse: Titãs da Costa Leste - A equipe liderada pelo Exterminador conseguiu surpreender os Titãs, menos Devastadora e Jericó, que partem para salvar seus colegas do seu próprio pai.
Estranha mistura - Robin se alia a Klarion, o Menino-Bruxo, para impedir que outro garoto que escapou da Cidade-Limbo lance uma terrível criatura mística nas ruas de Gotham.
Pague no caminho - Um ano atrás, os Renegados começavam a duvidar do sucesso que tiveram no combate ao crime. Quando todos os membros da equipe sentiam-se fracassados, seu líder Asa Noturna é chamado por Jason Todd, o Capuz Vermelho, que tem uma importante revelação a fazer.
Liberdade de ação - Enquanto as Aves de Rapina são encurraladas
por agentes do governo, Bárbara precisa enfrentar a repórter Lois Lane,
que chegou até ela com uma ligação da Contra-Espiã.
Positivo/Negativo: O confronto dos Novos Titãs com sua versão maligna criada pelo Exterminador continua fraco, mas nesta edição o destaque é o contragolpe dos heróis. As explicações e conflitos psicológicos ficam para depois.
Por isso, fica a falsa impressão de que a HQ está um pouco melhor. A trama ainda carece de originalidade, antagonistas bem construídos e desenhos mais competentes, que representem melhor uma equipe de heróis adolescentes.
Geoff Johns simplesmente não consegue repetir em Novos Titãs a qualidade que demonstra nas outras revistas que escreve, de modo que este é um dos títulos mais maçantes da DC desde antes da minissérie Crise Infinita.
Em compensação, a história de Robin com a participação de Klarion, o Menino-Bruxo, saído da minissérie Sete Soldados da Vitória, é um deleite para os fãs. Texto e arte competentes, num padrão que deveria ser a regra e não a exceção na indústria. Este é um daqueles encontros que, mesmo sendo simples e despretensiosos, se mostram divertidos e acabam acrescentando algo aos personagens.
O restante do mix continua fraco. Renegados é inconsistente desde que foi lançada e o roteirista Judd Winick sempre comete alguns excessos que estragam ainda mais a imagem do grupo. Na primeira página desta história há uma combinação de clichês melodramáticos e piadas de gosto duvidoso. Pior: isso é algo comum no título.
A partir de outro momento depressivo da equipe, a história volta, sem explicação, para um ano antes, quando Roy Harper ainda atendia pelo codinome de Arsenal e comandava a equipe. Fora a ausência de um conflito que justifique a trama, este mote é tão repetitivo em Renegados que, aliado ao flashback, torna a HQ ainda mais confusa.
Aparentemente, a viagem ao passado só serve para mostrar o encontro de Asa Noturna com Jason Todd, personagem que Winick trouxe de volta dos mortos quando escrevia o Batman, antes da Crise Infinita.
O roteirista, como sempre, faz questão de mostrar o encontro dos dois da forma mais estúpida possível, com ambos trocando tapas e ofensas antes de começarem a conversar educadamente. Bem diferente do que foi visto entre Robin e Klarion.
Aves de Rapina atualmente não tem a graça de antigamente. Os diálogos da escritora Gail Simone já não são tão inteligentes e, às vezes, algumas piadas de mau gosto surgem de forma gritante para baixar ainda mais a qualidade do enredo.
A trama segue morna, bem amarrada, mas nada além disso. O desenvolvimento dos personagens, que era outro ponto forte de Simone, também decaiu bastante. O encontro de Bárbara com Lois Lane, duas das personagens femininas mais fortes do Universo DC, tinha tudo para ser um grande momento, mas foi mal aproveitado.
Outra mudança visível é a mudança no estilo do desenho, que antes era feito por um grupo de desenhistas brasileiros com características em comum e que combinavam com a idéia de unir ação, bom humor e sensualidade. O artista atual é bom, mas não é capaz de representar essas sutilezas.
Classificação: