Autores: Renegados em Xeque - Judd Winick e Greg Rucka (roteiro) e Matthew Clark (desenhos);

Águas perigosas - Gail Simone (roteiro) e Nicola Scott (desenhos);

Mentiras inocentes - Adam Beechen (roteiro) e Freedie E. Williams II (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de Páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: Renegados em Xeque - Um a um, os integrantes dos Renegados são capturados por agentes do Xeque-Mate, que os acusam por ações recentes que resultaram em catástrofe e por terem derrubado um governo na África.

Somente Asa Noturna está livre e se infiltra na base do Xeque-Mate para resgatar seus companheiros, mas Sasha Bordeaux, a Rainha Negra, o aguarda.

Águas perigosas - As Aves de Rapina descobriram que a super-heroína Gelo, dada como morta há anos, estava mantida pelo general Kerimov dentro de um traje de Soviete Supremo.

Ainda sem entender o que está acontecendo, o grupo tenta levá-la para um lugar seguro, mas tem o Sexteto Sinistro em seu encalço.

Mentiras inocentes - Robin confronta a gangue dos Lordes das Avenidas, cujos integrantes foram transformados em cobaias de uma droga que concede poderes meta-humanos aos usuários.

Sem conseguir nenhuma resposta no território dos Lordes, ele decide investigar nos laboratórios da Farmacêutica Strader como Tim Drake, falando com o pai de sua amiga Zoanne. Mas não imaginava que Zoe resolvesse dar um tempo no relacionamento dos dois.

Positivo/Negativo: Depois de muito tempo, Renegados tornou-se um título interessante, graças ao crossover com o Xeque-Mate, publicado simultaneamente em Novos Titãs e Universo DC. A trama coloca a equipe de Asa Noturna finalmente no papel de renegados dentro do Universo DC, agindo em situações politicamente complicadas e moralmente ambíguas.

Apesar de contar com os personagens mais conhecidos pelo público, são os Renegados que ganham um empurrãozinho com o encontro das duas equipes, já que Xeque-Mate, desde que estreou depois da Crise Infinita, é uma série mais bem estruturada e com roteiros envolventes de Greg Rucka.

Tanto que esta segunda parte da trama escrita por Judd Winick no título original dos Renegados também é inferior à de Rucka, na revista do Xeque-Mate.

São os mesmos hábitos de sempre que estragam o texto de Winick: situações esdrúxulas e conotações sexuais nada sutis que quebram o clima tenso tão bem estabelecido por Rucka na primeira parte.

Aves de Rapina também encontra um bom eixo depois da mudança de elenco e de desenhista, esta talvez bem mais radical e que mudou bastante a cara do título. Com duas partes publicadas nesta edição, a trama deixa de ser confusa e prende mais a atenção.

O papel da Contra-Espiã torna-se mais consistente, o conflito das Aves de Rapina com o Sexteto Sinistro é bem explorado (sem abrir mão dos momentos de humor) e o retorno da heroína Gelo não menospreza a inteligência do leitor, como é comum nos casos de heróis voltando da morte.

Robin continua sendo um dos melhores títulos da DC na atualidade, tanto em roteiro como na arte. Mais do que isso, é um dos personagens mais consistentes dos quadrinhos de super-heróis. É possível ver como os editores têm tomado cuidado para redefinir a relação do Menino-Prodígio com Batman em todos os títulos, pois todos estão em sintonia.

A confiança que Batman deposita hoje em Robin já rendeu bons momentos nas revistas do Morcego, mas em seu próprio título o Menino-Prodígio pode se tornar brilhante. Além disso, os personagens coadjuvantes enriquecem a personalidade de Tim, garantindo bons momentos, mesmo nas cenas sem ação.

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