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NOVOS TITÃS E SUPERBOY # 2 - NOVOS 52

1 dezembro 2012

NOVOS TITÃS E SUPERBOY # 2 - NOVOS 52

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Novos Titãs em Escondidos e oprimidos (Teen Titans # 2) - Scott Lobdell (roteiro), Brett Booth (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e Andrew Dalhouse (cores);

Superboy e seus brinquedos (Superboy # 2) - Scott Lobdell (roteiro), R.B. Silva (desenhos), Rob Lern (arte-final) e Richard e Tanya Horie (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Agosto de 2012

 

Sinopse

Novos Titãs - O supervelocista Bart Allen é mais um prisioneiro da Momentum, a organização governamental que está caçando adolescentes meta-humanos ao redor do globo.

Os reais objetivos da agência permanecem um mistério, mas ela já tem pela frente a oposição do Robin Vermelho e de Cassie Sandsmark.

Superboy - O clone adolescente do Superman criado em laboratório enfrenta seu primeiro grande desafio e continua a busca por uma identidade.

Positivo/Negativo

"Mas sério... quem ainda é parceiro mirim?"

A pergunta feita mentalmente por Bart Allen, o Kid Flash, logo na primeira página da aventura dos Novos Titãs, define bem a nova versão dos mais tradicionais super-heróis adolescentes da DC Comics.

Reinventados pelo roteirista Scott Lobdell e o ilustrador Brett Booth após o reboot de todo o universo ficcional da editora, os Titãs ressurgiram como fugitivos de uma perigosa agência governamental e romperam todos os laços com sua cronologia anterior.

Assim, o jovem velocista, a garota superpoderosa Cassie Sandsmark e o próprio Superboy nunca foram sidekicks do Flash, Mulher-Maravilha ou Superman, respectivamente.

Essa visão diferenciada de personagens tão conhecidos pode gerar algum estranhamento, e quem acompanha quadrinhos há mais tempo sabe como reformulações radicais podem gerar polêmica. Felizmente, porém, Lobdell acerta a mão ao retratar o mundo renovado de força e juventude dos heróis que, convenhamos, precisava mesmo de ares diferentes.

Nesta segunda edição, em especial, o texto é muito bem-sucedido na interação entre Robin Vermelho e Cassie Sandsmark (que não é chamada de Moça-Maravilha), com diálogos espertos que refletem bem a idade dos protagonistas.

Parece que os conflitos de personalidades divergentes serão o ponto forte da série, e Lobdell se adaptou perfeitamente ao universo adolescente dos futuros Titãs. O único herói experiente da "equipe" é Tim Drake, mas ainda não se pode afirmar quanto de seu passado com Batman foi mantido na reformulação.

Novos personagens também são introduzidos na narrativa, que mantém o clima de mistério e tensão.

Brett Booth evoluiu como desenhista, dando vida à história com uma narrativa eficaz e moldando a linguagem corporal da "molecadinha" com propriedade. A equipe criativa pode ter produzido trabalhos menos inspirados durante a década de 1990, mas agora faz de Novos Titãs uma das melhores surpresas dos Novos 52.

O mesmo não pode ser dito da nova encarnação do Superboy, também assinada por Lobdell, em parceria com o desenhista R. B. Silva. O Garoto de Aço retornou sem carisma, personalidade ou direção definida.

A trama aproveita as personagens femininas Rose Wilson (a filha do Exterminador) e Caitlin Fairchild (da divertida revista Gen 13), mas elas também estão apagadas e em nada lembram suas existências anteriores. O texto é burocrático e sem emoção, e a arte de R. B. Silva não basta para salvar a história.

Caso de potencial desperdiçado, enfim. Completa a edição uma matéria de Alexandre Callari sobre as diversas fases do Superboy nos quadrinhos e em adaptações para outras mídias, que valoriza a publicação e demonstra atenção com o leitor.

Novos Titãs e Superboy é a maior aposta da Panini numa linha de quadrinhos da DC voltada apenas para comic shops.

É compreensível a opção de dois títulos fortes para a investida, embora os leitores não curtam muito a "obrigação" de levar Falcões Negros ou OMAC para acompanhar Aquaman e Mulher-Maravilha, na revista mix Universo DC. Mas é o preço que se paga pela maior diversidade de séries mensais e o compromisso da editora em publicar tanto material da fonte norte-americana.

O fato é que os Titãs têm forte tradição entre o público brasileiro, passando pelas editoras Ebal, Abril e, finalmente, Panini, e não foram esquecidos nessa nova fase.

 

Classificação:

4,0

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