Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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O ESTIGMA DO BATMAN

1 dezembro 2001

O Estigma do BatmanTítulo: O ESTIGMA DO BATMAN (Mythos Editora) - Edição especial

Autores: Christopher Golden e Tom Sniegoski (roteiro), Marshall Rogers (desenhos) e John Cebollero (arte-final).

Preço: R$ 5,50

Data de lançamento: Julho de 2002

Sinopse: Batman está ansioso pela estréia do seu filme nos cinemas, mas não pode descuidar das suas atribuições de super-herói. Ainda mais depois de reencontrar Robin, desaparecida há doze anos, e constatar que ela agora trabalha com o Coringa. Poderá o Cruzado Embuçado resgatar sua parceira das garras do diabólico vilão?

Leia aqui, neste mesmo bat-review, neste mesmo bat-site... não, não... há algo errado. Batman, na verdade, é Charlie, órfão quase trintão que vive em função de uma adoração cega ao Homem Morcego. Robin é Clarissa, amiga de infância que cresceu e envolveu-se com viciados e traficantes. O Coringa é Darrin, amor bandido de Clarissa, que reaparece em sua vida disposto a, desta vez, dominá-la completamente.

O encontro desses três personagens modificará a vida de todos... para sempre.

Positivo/Negativo: Algumas crianças não crescem. Outras, como nós, fanboys, crescem e, parafraseando o "fingidor" Fernando Pessoa, eventualmente fingem que é infância a infância que deveras sentem dentro de si. Charlie não finge.

Ao contrário, vive todas as horas do dia mergulhado nas brincadeiras da infância, vivendo a vida do seu herói predileto. Ler sua comovente história é voltar, ainda que por breves momentos, a 1989, ano da estréia do Batman de Tim Burton nos cinemas. É reviver aquela sensação inigualável de encontrar o herói predileto na tela grande. É relembrar aquela vontade de sair do cinema e embrenhar-se nas sombras, de camiseta preta com uma elipse amarela e um morcego estilizado, e buscar fazer justiça com mãos frágeis e bem menos calejadas que as de hoje.

Se você, leitor, já teve essas sensações, prepare-se para vivenciá-las novamente, com lirismo e riqueza de detalhes que só um artista do quilate de Marshall Rogers poderia proporcionar.

Prepare-se para, ainda que fingindo, voltar a ser criança por alguns momentos. São edições como essa que nos fazem lembrar do grande barato que é ler um bom gibi!

Classificação:

4,0

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