O ESTRANHO MUNDO DE JACK
Título: O ESTRANHO MUNDO DE JACK (Panini
Comics) - Edição especial
Autor: Jun Asuka (texto e arte).
.Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 184
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Jack Skellington, rei da Cidade do Halloween, descobre o natal, mas se confunde e acha que a festa do Papai Noel tem muitos elementos de uma verdadeira história de terror.
Comovido, Jack tenta homenagear Noel, assumindo suas funções.
Enquanto isso, Sally, mocinha-Frankenstein que ama Jack secretamente, tenta consertar as coisas enquanto foge do Dr. Finklestein.
Positivo/Negativo: Adaptações de filmes para quadrinhos nem sempre são uma tarefa simples. É comum ver as tramas se tornarem meras sombras da história original.
A nem tão recente onda de adaptações de super-heróis para o cinema provocou uma avalanche de revistas do gênero. A maioria é medonha - a ponto de a própria Marvel abrir mão do nicho e apostar apenas em histórias inéditas com os personagens.
Afinal, sem os recursos audiovisuais do cinema, fica difícil recontar a mesma história e manter o nível de encanto. Por mais caprichada que seja a adaptação, a HQ tende a ser uma sombra do original.
O Estranho Mundo de Jack não foge da regra. O mangá está longe de ser genial e não chega aos pés do filme. Sem a criação de Tim Burton, nem pararia em pé. Mas, ao menos, não é constrangedor.
O filme em si ajuda: ele é profundamente icônico e tem uma história razoavelmente simples.
O resultado é que a mangaká Jun Asuka fez uma obra simpática, capaz de agradar a quem já viu o filme e de compor a galeria de memorabilia do filme sem passar vergonha.
Os traços são simples, com diagramação eficiente e sem grandes invenções. O desenho de Jun Asuka se limita a transpor os personagens do filme para o papel.
As diferenças de roteiro entre as duas mídias são sutis. A principal é o crescimento de Sally e de sua relação com o Dr. Finklestein. Com contornos mais românticos, o mangá destaca um aspecto secundário no filme, mas que funciona mais do que as cenas que tiveram sua importância reduzida - como o natal apavorante na visão de Jack.
Outro aspecto interessante está na produção, totalmente globalizada. Trata-se da adaptação de um filme norte-americano feita por uma artista japonesa e que acabou sendo publicada pela Disney italiana para, então, ser passada para a filial brasileira da Panini.
Os extras da edição, situados no fim da revista (que tem sentido de leitura oriental), dão conta de mostrar não só os detalhes do trabalho da mangaká, mas também os bastidores dessa publicação global.
Infelizmente, porém, como aconteceu com outros lançamentos europeus recentes da Panini, como A Última Batalha e Alias (adaptação do seriado televisivo), O Estranho Mundo de Jack nem sequer aparece no site oficial da editora.
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