Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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O FANTASMA

1 dezembro 2006


Título: O FANTASMA (Editora
Globo
) - Minissérie em quatro edições

Autores: Peter David (roteiro), Joe Orlando (desenhos) e Dennis
Janke (arte-final).

Preço: Cz$ 350,00 (preço da época)

Número de páginas: 32 (cada edição)

Data de lançamento: 1989

Sinopse: Duas gerações do Fantasma têm que enfrentar inimigos da
mesma linhagem: os piratas Chessman.

Positivo/Negativo: Interessante minissérie publicada originalmente
pela DC Comics nos Estados Unidos, sob a tutela de Mike Gold.

O FANTASMA #2
A trama, apesar de convencional, situa muito bem duas gerações do herói,
narrando em paralelo o destino do 13° Fantasma, enfrentando uma horda
de piratas liderados por uma família chamada Chessman, enquanto o atual
Fantasma, o 21°, luta contra um descendente destes vilões.

O herói dos tempos modernos segue uma trilha de sangue que parte da Floresta
e chega à Selva de Pedra, quando encontra o responsável por tráfico e
outras vilanias, um milionário que freqüenta a alta sociedade e é, inclusive,
amigo de sua amada Diana (na trama, o personagem ainda não se casou).

Na selva, o jovem Rex aproveita a viagem do Fantasma e lê, escondido,
as crônicas da família de heróis, com um dos justiceiros de épocas passadas
tendo seu confronto final contra terríveis inimigos.

O FANTASMA #3
A trama aproveita para recontar a origem do herói, mostrando o primeiro
da linhagem e quais foram suas reais motivações.

Ainda que não seja uma história inovadora, vale pela diversão e pela narrativa
competente de Peter David. Embora mostre uma Diana um tanto bobinha e
manipulável, ao menos traz todos os elementos característicos das aventuras
deste grande herói: a marca da caveira, o lobo Capeto, o cavalo Herói,
a marca do bem, a importância de nunca mostrar sua face, a caverna da
caveira, os pigmeus Bandar, a Patrulha da Selva e por ai afora.

A arte de Joe Orlando, ainda que simpática e adequada ao contexto do Fantasma,
apresenta alguns problemas. O desenhista tem dificuldade com as cenas
de luta, as poses e a dinâmica dos combates são muito estáticas.

O FANTASMA #4
Alguns enquadramentos mostram um traço bem acabado, enquanto outros mostram
um desenho de pouca qualidade, como se não houvesse preocupação com a
arte-final, ou se está tivesse sido feita às pressas.

Um grande mérito da minissérie são as matérias, distribuídas pelas quatro
edições, com o editor Mike Gold contando sua história com o personagem;
os motivos de a DC publicar o Fantasma; os segredos do personagem;
a origem; um encontro com Lee Falk, que inclusive deu idéias para a trama
e mais.

Um ponto extremamente curioso da edição refere-se à polêmica das cores.
A editora fez uma pesquisa para saber qual a preferida dos leitores brasileiros
e, estranhamente, perguntou se preferiam o Fantasma vermelho ou azul.
Teriam algum problema com o roxo, tom do traje do personagem na capa e
na história, ou seriam daltônicos?

Classificação:

4,0

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