O FILHO DO SUPERMAN # 1
Título: O FILHO DO SUPERMAN # 1 e # 2 (Mythos Editora) - Minissérie em duas edições
Autores: Howard Chaykin & David Tishman (argumentos), J. H. Williams III (desenhos) e Mick Gray (arte-final).
Preço: R$ 5,50 (cada número)
Data de lançamento: Agosto e Setembro de 2002
Sinopse: O Sol atinge o maior nível de atividade dos últimos 50 anos. Além de problemas na comunicação e aumentos da radiação na atmosfera, uma pessoa em especial será afetada.
Jon Kent, filho de Lois Lane e Clark Kent, descobrirá que é mais que um ser humano normal. Sem saber que seu pai fora o herói conhecido como Super-Homem, a radiação ativa seus poderes.
Quando Lois revela o segredo a Jon, ele resolve usar seus poderes como seu pai. Mas ele não é o Super-Homem. O mundo mudou, e o jovem é rebelde e esquentado. É quando os Super-Homens, uma organização terrorista liderada por Lana Lang e Peter Ross, que usa o nome do lendário herói, pede sua ajuda para invadir uma instalação secreta do governo.
O que encontram surpreende Jon. Seu pai está vivo, em animação suspensa. Mas quem fez isso com ele? E com quais objetivos?
Com o Homem de Aço de volta, ele passa a integrar a Liga da Justiça, e terá que descobrir quem o prendeu no passado, e quem é o traidor do grupo.
Positivo/Negativo: Muita gente acha que as histórias da série Túnel do Tempo são um desperdício, devido à baixa qualidade. Existem lá razões para os comentários, pois realmente alguns lançamentos são fracos. Mas o conceito é bem interessante, abrindo possibilidades para diversas idéias serem colocadas em prática. E, algumas vezes, uma determinada trama se destaca.
É o caso de O Filho do Superman.
Com argumentos do competente Howard Chaykin e ótimos desenhos de J. H. Williams III, essa minissérie que a Mythos lançou figura entre as melhores da linha.
Apesar do nome, a obra tem na Liga da Justiça parte fundamental da trama. Mostra uma equipe "profissional", tendo que lidar com imprensa e prestação de contas com o governo, uma Mulher-Maravilha amargurada por ter falhado na sua missão de paz e assim por diante.
Destaque também para a relação entre Clark e Jon, um agindo "à moda antiga" e o outro, um adolescente rebelde.
O curioso aqui, ao contrário da maioria dos lançamentos Túnel de Tempo, é que a história é igual à do Universo DC até determinado ponto: quando o Super-Homem é dado como desaparecido na Europa Ocidental. A partir daí, a trama ganha personalidade própria, criando um futuro coerente.
Esse parece ser o lado mais forte da linha. Apresentar tramas alternativas dentro do Universo DC convencional. Foi assim com O Reino do Amanhã, JLA: The Nail (que a Mythos lançará em breve no Brasil) e até mesmo Cavaleiro das Trevas (que não foi lançado sob o selo, pois, na época, este ainda não existia, mas que serviu de modelo para a linha, e foi "incorporado" mais tarde).
Como O Filho do Super-Homem foi lançado originalmente numa graphic novel, a Mythos precisou criar uma nova capa para a segunda edição. Escolheu usar o desenho da última página, com uma nova coloração do brasileiro Hermes Tadeu. O resultado ficou muito bom.
A Mythos vem selecionando boas histórias. Que continue assim!
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