O GAVIÃO NEGRO #1
Autores: Gavião Negro - Gardner Fox (História) Murphy Anderson
(Desenhos);
Aquaman - Bob Haney (história) Nick Cardy (desenhos).
Preço: NCr$ 0,30 (preço da época)
Número de Páginas: 32 páginas
Data de lançamento: Outubro de 1967
Sinopse: Guerra Milenar - A clássica história do cientista
que liberta um poder que não pode conter. Dois arqueólogos thanagarianos
estão em um longínquo planeta devastado por uma guerra nuclear quando
acidentalmente libertam os dois culpados pela devastação daquele mundo.
Após subjugar os arqueólogos, usam sua nave para chegar ao seu próximo
alvo, o planeta Thanagar.
Enquanto isso, na Terra, Gavião Negro e Mulher Gavião, estranhando a falta
de contato com seu mundo natal, resolvem visitar Thanagar. Agora, para
salvar seu mundo terão de enfrentar os dois maquiavélicos vilões.
A lagoa sinistra - O Homem Submarino (Aquaman) tenta em vão convencer
um bando de pessoas a parar de drenar a água de um lago. Como não consegue
pacificamente, resolve pedir ajuda a seus amigos da fauna aquática.
Positivo/Negativo: Os trabalhos de Gardner Fox e Murphy Anderson,
assim como os de Joe
Kubert, ocupam lugar de destaque na biografia do Gavião Negro. Estes
artistas fizeram o que de melhor há na história pré-Crise nas Infinitas
terras do personagem, alcançando o status de lendários.
Murphy Anderson é praticamente o responsável pelo estilo dos heróis da
DC da Era de Ouro. Uma legião de fãs nostálgicos reconhece em seu
traço a marca de uma época que se consagrou e que, ainda hoje, influencia
jovens artistas.
Com seu desenho marcante e dono de uma arte não datada, Anderson trabalhou
o visual de alguns dos maiores personagens dos quadrinhos, como Gavião
Negro, Espectro, Adam Strange, Buck Rogers, Super-Homem, Zatanna, Canário
Negro e outros.
Seu traço, notadamente influenciado pela arte do Flash Gordon de
Alex Raymond, é clássico. Linhas firmes e longas, com bom domínio de perspectiva
e enquadramentos que imprimem elegância à pagina. Definitivamente, uma
arte que agrada à maioria dos leitores.
O artista usava ainda decupagens de páginas pouco usuais na época, e freqüentemente
recorria ao recurso do metaquadrinho de página inteira. Apesar de ser
reconhecido como um arte-finalista de talento, Anderson nem sempre colocava
cenários em suas histórias, desenhando apenas a cena principal.
Nick Cardy é um dos grandes nomes dos quadrinhos da Era de Prata. Sua
arte figurou em algumas das mais prestigiadas revistas da época: Aquaman,
Turma Titã e, principalmente, as histórias de terror e mistério. Seu
traço grosso e detalhista agrada a maioria dos admiradores de HQs.
Aquaman sempre foi um personagem difícil. Nesta revista, suas histórias,
quase sempre envolviam estranhos seres subaquáticos e a dificuldade em
criar tramas diferentes para um herói que só funciona submerso era visível.
Mesmo assim, o título se "segurava", graças às histórias do Gavião Negro.
Apesar de não ser um dos grandes super-heróis da DC, ele é um personagem
empolgante.
Muito popular nos anos 60, suas aventuras misturavam ficção científica
com discussão social e étnica, abordando de forma simples, sem serem simplórias,
a saga de um policial extraterrestre, e a forma como se relacionava com
outros povos e tecnologias. Suas histórias, apesar de ingênuas, eram bem
construídas e traziam vilões escatológicos.
Na segunda capa, uma breve introdução da revista com uma pequena apresentação
dos personagens.
Vale destacar que a revista vinha com um selo, no canto alto esquerdo,
da coleção Aí, Mocinho!
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